A Gerência Estadual de Polinter e Capturas da Polícia Civil cumpriu hoje um mandado de prisão do Distrito Federal contra um criminoso condenado a 54 anos de prisão. Ivan de Paula e Silva teve o mandado de recaptura expedido pela Vara de Execuções das Penas em Regime Aberto do Distrito Federal.
Há alguns meses, o criminoso saiu da cidade-satélite de Sobradinho, no Distrito Federal, e veio para Mato Grosso onde estava trabalhando como motorista de aplicativo. Segundo a Polícia Civil, ele atuou em diversos crimes patrimoniais e é ligado a uma organização criminosa que age em assaltos a banco, carro forte e roubo de jóias com atuação em vários estados do País.
Após as investigatições, cartorárias e em campo, o Núcleo de Buscas e Capturas da Polinter apurou que no ano passado, Ivan de Paula foi preso em flagrante durante uma ação da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Cuiabá. No apartamento em que ele estava, no bairro Jardim Europa, os policiais civis cumpriram um mandado de busca e apreenderam pasta base de cocaína, o que que resultou na autuação em flagrante por tráfico de entorpecentes. Posteriormente, o flagrante foi convertido em prisão preventiva.
Além de outros crimes cometidos em Mato Grosso, Ivan de Paula foi denunciado pelo Ministério Público Estadual por roubo seguido de morte junto com mais seis comparsas, entre eles ex-policiais militares. O grupo foi acusado pelo assalto contra uma joalheria, no centro de Cuiabá, em agosto de 2003. Durante o roubo, um estudante de 18 anos, Thiago Celso Magalhães Siqueira, que estava na joalheria para pagar uma compra realizada por sua mãe, foi morto atingido por disparos feitos pelos criminosos. O crime causou forte comoção à época.
Pela participação no roubo da joalheria, Ivan foi condenado a 26 anos de reclusão pela 5ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá. Posteriormente, a defesa do criminoso ingressou com recurso de apelação e a sentença condenatória foi reduzida a 23 anos de prisão em regime fechado. Nesta sexta-feira, uma equipe policiais civis seguiu à Penitenciária Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande, onde foi cumprida a ordem de prisão e recaptura da Justiça do Distrito Federal.
“Essas ações são relevantes tendo em vista que o cumprimento de ordem de prisão que se encontra em aberto faz com que criminosos que tenham pendências com a Justiça e que já estejam detidos não recebam o benefício de liberdade condicional”, destacou o delegado da Polinter, Fernando Vasco Spinelli Pigozzi.