O prefeito de Lucas, Flori Binotti, decretou o contingenciamento de gastos da prefeitura. O documento foi publicado, hoje, no Diário Oficial do Tribunal de Contas do Estado (TCE). O gestor alegou que a arrecadação média mensal está abaixo da prevista em aproximadamente 2%. O município estimava arrecadar cerca de R$ 15,3 milhões por mês. Arrecadou, efetivamente, até 31 de agosto, pouco mais de R$ 15 milhões (cerca de R$ 300 mil a menos).
Binotti cita ainda que, enquanto o município arrecadou pouco mais de R$ 120 milhões até o final de agosto, empenhou em despesas, no mesmo período, R$ 129 milhões, acumulando, assim, um déficit R$ 9,1 milhões. Ele também citou um déficit de R$ 6,7 milhões, em despesas sem cobertura financeira, deixado pela última gestão (o ex-prefeito Otaviano Pivetta nega o déficit). Para “solucionar” o problema, o gestor determinou o bloqueio de 30% do saldo atualizado das dotações a partir deste mês.
Também foram contingenciados os pagamentos de horas extras e plantões; viagens e diárias; realização de eventos com custos para a prefeitura; combustíveis, exceto para a frota que atende os serviços públicos essenciais de saúde e educação; energia elétrica, água e telefone; coffee break; locação de veículos e máquinas; gráficas e materiais de expedientes; investimentos em novas obras e reformas; despesas com pessoal, contratados e comissionados; aquisição bens móveis, máquinas e veículos; e gastos com mídia.
Conforme o decreto, os secretários municipais, a diretora de Desenvolvimento Humano e o diretor de Desenvolvimento Sustentável serão responsáveis por cumprir o contingenciamento.