PUBLICIDADE

Secretários de Justiça e Segurança são presos por grampos ilegais em Mato Grosso

PUBLICIDADE

A Polícia Civil deflagrou, esta manhã, operação para cumprir nove mandados de prisões contra envolvidos no esquema de grampos ilegais, em Mato Grosso. Entre os presos estão o coronel Airton Benedito Siqueira Júnior, secretário de Justiça e Direitos Humanos, o secretário afastado de Segurança Pública, Rogers Jarbas, que na semana passada, havia sido alvo de mandado judicial que o afastou do cargo e está usando tornozeleira eletrônica. Também foram presos o ex-chefe da Casa Militar, Evandro Lesco e o ex-secretário chefe da Casa Civil, Paulo Taques. Outros presos são o sargento João Ricardo Soler e o empresário José Marilson da Silva. Eles são investigados por suposta obstrução de justiça no caso das conversas telefônicas de políticos, ex-servidores e empresários gravadas ilegalmente. Ainda não foi informado se as prisões são preventivas ou provisórias.

O delegado Flavio Stringuetta é um dos que conduz a operação Esdras que busca ainda cumprir 9 mandados de busca e um de condução coercitiva. As prisões e buscas foram requeridas pela delegada da Polícia Civil, Ana Cristina Feldner, responsável pelo inquérito do Tribunal de Justiça de Mato Grosso que apura o caso, e decretadas pelo desembargador Orlando Perri. Está sendo apurado se secretários estaduais ou ex-secretários teriam ordenado as escutas clandestinas.

Em agosto, o secretário Siqueira prestou depoimento para a delegada Ana Cristina, na sede da Gerência de Combate ao Crime Organizado sobre o esquema de escutas clandestinas.

O advogado Paulo Taques, ex-secretário da Casa Civil, foi preso, hoje, pela 2ª vez. A primeira foi em 4 de agosto e ficou uma semana no centro de detenção provisória. Paulo é acusado de supostamente ter mandado grampear telefone de uma ex-servidora estadual com quem manteria relacionamento. Ele havia sido solto por decisão do STF.

O governo do Estado ainda não se manifestou sobre as prisões. Há poucos dias, em entrevista coletiva, o governador Pedro Taques afirmou, ao criticar o desembargador Perri, por afastar o secretário Jarbas do cargo, afirmou que haveria rumores que dois secretários de seu governo seriam presos por ordem do desembargador e apontou que ele estaria agindo com "parcialidade" no caso dos supostos grampos clandestinos que teriam sido feitos por policiais militares em telefones de políticos, ex-servidores e empresários. Taques afirmou também que não aceitará "perseguições" a seus secretários e que iria representar no CNJ – Conselho Nacional de Justiça-.

Taques cancelou compromisso que teria hoje, em Brasília, (audiência no Senado) e está em Cuiabá acompanhando o desdobramento da operação.

A operação de hoje foi definida como Esdras, que significa, aquele que ajuda, auxiliador.

Em instantes, mais detalhes

(Atualizada às 10:18h)

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

PUBLICIDADE