O deputado federal Ezequiel Fonseca (PP) que teve seu gabinete na Câmara dos Deputados como um dos alvos da operação feita hoje, pela Polícia Federal, divulgou nota expondo que recebeu "com tranquilidade o mandado de busca e apreensão durante a Operacao Malebolge, expedido pelo ministro Luiz Fux". "Mas contínuo contestando que na condição de deputado estadual, eu e outros cobrávamos vultosas quantias em troca da defesa do governo. Afirmo que nunca solicitei qualquer quantia ilícita de quem quer que seja em troca da minha atuação no parlamento, tão pouco me foi entregue dinheiro para esse fim", rebate.
O deputado acrescenta que " respeita a justiça no cumprimento do seu dever de investigação e estou à disposição para colaborar na elucidação dos fatos e, usarei como de direito, todos os meios legais para me defender e restabelecer a verdade".
Ezequiel foi gravado recebendo dinheiro, no Palácio Paiaguás, entregue pelo ex-chefe de Gabinete de Silval, Silvio Correa. No vídeo ele aparece ao lado do deputado Ze Domingos Fraga Filho, que coloca dinheiro em uma caixa e seria propina, do mensalinho que o ex-governador afirmou que pagava para alguns deputados em troca de apoio.
Os federais também fizeram buscas no gabinete de Ze Domingos e de mais seis deputados – Baiano Filho, Silvano Amaral, Nininho, Gilmar Fabris Romoaldo Junior e Oscar Bezerra que também foram acusados na delação de Silval. Foram feitas buscas também na casa de Ze Domingos em Sorriso.
O ministro Blairo Maggi, o prefeito Emanuel Pinheiro, de Cuiabá, o senador Cidinho, além do secretário de Desenvolvimento do governo estadual, Carlos Avalone, dois parentes dele que são empresários também foram alvos de buscas e apreensões de documentos.