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Antonio Joaquim recua e anuncia que não vai se aposentar após decisão do STF

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O conselheiro Antonio Joaquim, presidente do Tribunal de Contas do Estado, decidiu, hoje, adiar sua aposentadoria e saída do tribunal devido a decisão do ministro Luix Fux, de afastá-lo do cargo, assim como os conselheiros Valter Albano, Valdir Teis, Sergio Ricardo e Jose Carlos Novelli. " Como é de conhecimento público, tinha solicitado a minha aposentadoria do cargo (cujo processo encontra-se em trâmite) para retomar a minha vida político-partidária. A decisão judicial me obriga a suspender tal medida, vez que terei que continuar no cargo (afastado do exercício da função) até que seja concluída a investigação", disse Joaquim, através de sua rede social.

O afastamento dele e dos 4 conselheiros foi por conta da delação premiada de Silval Barbosa os que os acusa de, supostamente, receber vantagens indevidas. "Sobre as denúncias, reafirmo que nunca recebi nenhuma vantagem indevida para exercer o cargo que ocupo e nunca autorizei qualquer pessoa a falar em meu nome. Lembro que ao longo de toda a minha vida pública nunca fui alvo de qualquer denúncia de corrupção. Estou a disposição do Poder Judiciário e do Ministério Público Federal para esclarecer quaisquer questionamentos", rebateu.

"Ao longo de 36 anos de vida pública, sempre pautei a minha conduta pela honestidade, legalidade, legitimidade e transparência nos atos praticados. Sou conhecido pela coerência, franqueza e coragem nos posicionamentos e julgamentos no TCE-MT – onde atuo desde o ano 2000. Em muitos momentos da vida, fui até criticado pela dureza e sinceridade, pois nunca fui um homem dado a dissimulações. Faço os enfrentamentos necessários sempre à luz solar e de cabeça erguida, na perspectiva de ser sempre justo e propositivo. É com essa premissa que recebo a informação do meu afastamento do cargo de conselheiro do TCE-MT. Tenho profundo respeito pelas instituições e espero que a investigação em curso seja rápida, para que eu possa resgatar a minha cidadania sequestrada por essa decisão", acrescentou.

A acusação de Silval é que teria sido pagas propina para cinco conselheiros e que teria sido obrigado a assinar 36 promissórias, pelo conselheiro Jose Carlos Novelli. Silval aponta que a propina seria de R$ 50 milhões para os cinco conselheiros divididas em 14 parcelas.

Antonio Joaquim havia decidido se aposentar, antes do prazo legal, porque pretendia retornar para a política com intenção de disputar o governo do Estado.

 

 

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