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Cuiabá: juiz manda soltar dono de jornal réu por extorsão

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O juiz Marcos Faleiros, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, mandou soltar o dono do Grupo Milas de Comunicação Antônio Carlos Milas de Oliveira, que estava preso no Centro de Ressocialização de Cuiabá desde o dia 11 de novembro de 2016, acusado de extorquir empresários e políticos para não publicar matérias que revelassem esquemas de corrupção, o que culminou na operação Liberdade de Expressão, deflagrada em março do ano passado, quando ele foi preso pela primeira vez.

A decisão de libertar o jornalista da cadeia foi publicada na última sexta-feira (1º). Em substituição à prisão, foram aplicadas medidas cautelares como obrigação de comparecer em juízo mensalmente para justificar atividades, proibição de se ausentar da cidade sem autorização do juízo, proibição de manter qualquer tipo de contato com as vítimas e testemunhas da ação penal.
Antônio Milas também terá que utilizar tornozeleira eletrônica e se recolher em sua residência no período noturno, feriados e finais de semana.

Dentre as vítimas do jornalista, estão o ex-governador Silval Barbosa (PMDB), o ex-secretário da Casa Civil Pedro Nadaf e o empresário do ramo de factoring Filinto Muller, todos delatores da operação Sodoma. Este último afirmou ter sido coagido a pagar R$ 600 mil para não ter revelado que era o operador do esquema de lavagem de dinheiro oriundo de propinas e desvios no Estado.

Antônio Milas responde ao crime de extorsão juntamente com outros membros de sua família e de sua empresa, como seus filhos Max Feitosa Milas e Maycon Feitosa Milas e os funcionários Haroldo Ribeiro de Assunção, Antônio Peres Pacheco e Naedson Martins da Silva.

O Grupo Milas Comunicação é composto pelos veículos Centro Oeste Popular, Notícias Max e Brasil Notícias.

Além da liberdade ao réu, o juiz Marcos Faleiros também determinou a realização de audiência no próximo dia 18 de setembro para oitiva de Silval Barbosa, que figura como vítima da extorsão. “Somente a testemunha Silval da Cunha Barbosa trouxe novos elementos para os autos. Assim, considerando as alegações feitas pelas Defesas dos acusados Maycon Feitosa Milas e Antonio Carlos Milas de Oliveira, a fim de evitar futura alegação de nulidade, designo audiência para a oitiva da testemunha Silval da Cunha Barbosa para o dia 18 de setembro de 2017, às 13:30 horas. Intimem-se, testemunha, acusados, Ministério Público e Defesas”, diz trecho da decisão. 

Conforme o Ministério Público Estadual (MPE), entre maio e junho de 2014, o então governador foi procurado por Antônio Carlos, que o teria ameaçado dizendo que iria publicar em seus veículos reportagens sobre corrupção no governo e cobrado R$ 100 mil em forma de publicidade.

Silval Barbosa solicitou que o então secretário da Casa Civil, Pedro Jamil Nadaf, assumisse os contatos com os denunciados ficando responsável pelo pagamento da quantia solicitada pela organização.

Nadaf então solicitou empréstimo à factoring de Filinto Muller no valor solicitado por Antônio Carlos, sendo que o pagamento da extorsão foi efetuado ao réu Maycon Feitosa Milas, mediante a entrega de três cheques emitidos pela empresa SF Assessoria de Comunicação e Eventos, empresa fantasma usada por Filinto para finalidades ilícitas.

Os beneficiários foram a empresa Milas de Comunicação e a ex-esposa de Maycon. Com os cheques da SF Assessoria em mãos, eles acabaram descobrindo também sobre como era realizada a lavagem de dinheiro pela organização criminosa então liderada por Silval.

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