A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) arquivou, em junho deste ano, a investigação que tentava apurar suposto atentado tramado pelo ex-deputado estadual José Riva contra ele mesmo, com o objetivo de culpar o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e os deputados Guilherme Maluf (PSDB), Mauro Savi (PSB) e Gilmar Fabris (PSD).
Conforme acordo de colaboração premiada firmado pelo irmão de Silval, o empresário Antônio Barbosa, em abril deste ano, ele soube por meio de Mauro Savi que um pistoleiro teria sido contratado por Riva para simular o atentado, em que, se preciso fosse, o motorista poderia morrer.
No entanto, por supostamente dever um favor para Mauro Savi, que no passado o teria ajudado com um advogado para sair da cadeia, o criminoso que estava enviando as mensagens resolveu alertar o parlamentar como forma de agradecimento.
Mauro Savi, por sua vez, procurou o governador Pedro Taques (PSDB) e relatou o fato. A atitude de Taques foi de chamar o secretário de Estado de Segurança Pública Rogers Jarbas e determinar que o caso fosse apurado.
No dia 4 de abril, Rogers emitiu um despacho afirmando que as informações levadas pelo deputado eram inconsistentes pois se baseavam apenas em mensagens de WhatsApp, e mandou que o setor de inteligência buscasse mais dados para investigar.
Conforme a assessoria de imprensa do governo, o setor de inteligência buscou, durante três meses encontrar a verdade sobre o suposto atentado, que acabou não ocorrendo. Diante da falta de dados concretos, a investigação foi arquivada em junho deste ano. “O arquivamento se deu por falta de provas. Apenas as mensagens recebidas pelo deputado Mauro Savi foram provas muito inconsistentes”, de acordo com a secretaria .
O episódio veio a público na última semana, quando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, levantou o sigilo dos termos dos acordos firmados por Silval, Antônio, mais dois familiares do ex-governador e seu ex-chefe de gabinete, Sílvio Cezar Corrêa Araújo.