O desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Orlando de Almeida Perri, determinou que o secretário-chefe da Casa Civil, José Adolpho, seja investigado no inquérito que apura o esquema de escutas telefônicas clandestinas operado por um núcleo da Polícia Militar, conduzido pelo tribunal..
Adolpho é suspeito de ter fraudado os protocolos do documento em que o ex-secretário da Segurança Pública e promotor de Justiça, Mauro Zaque, denuncia a existência de um esquema de grampos ilegais no Estado na gestão do governador Pedro Taques (PSDB).
As investigações apontam que esquema interceptou dezenas de pessoas, entre políticos, médicos, empresários, jornalistas e um desembargador aposentado. Ainda em 2015, Zaque protocolou o ofício da Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp) na Casa Civil, porém, o documento foi substituído por outro, com o mesmo número, mas que tratava de um pedido de obras em Juara (690 km de Cuiabá).
Na época, Adolpho era o secretário-adjunto de Paulo Taques, ex-secretário da Casa Civil exonerado em maio deste ano. Taques, inclusive, chegou a ser preso sob a acusação de ter ordenado as escutas clandestinas e ter exigido a intercepção do telefone da ex-amante dele, Tatiane Sangalli Padilha.
A existência da fraude dos protocolos, inclusive, foi confirmada em auditoria da Controladoria Geral do Estado (CGE), realizada por determinação do governador Pedro Taques (PSDB) após o caso vir à tona, e que agora é usada como base para o pedido Secretário José Adolpho passa a ser investigado quanto à possível fraude no protocolo da Casa Civil de investigação.