Após veiculação do vídeo do prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB) recebendo maços de dinheiro que o ex-governador Silval Barbosa afirma que era um mensalinho, em troca de apoio político na Assembleia Legislativa quando Pinheiro era deputado, os vereadores de Cuiabá planejam se reunir para definir quais atitudes serão tomadas no Legislativo municipal.
Dos 25 parlamentares, 5 já se posicionaram favoráveis ao afastamento de Emanuel Pinheiro do cargo de prefeito até que o assunto seja esclarecido. Os outros vereadores afirmam que o peemedebista pode manifestar sua defesa enquanto gestor.
"O prefeito tem direito de defesa e afastar ele de forma precipitada não é correto. A Justiça está investigando isso e nós temos que ouvir o prefeito antes de qualquer atitude", afirmou o vereador Demilson Nogueira (PP).
Diego Guimarães (PP) afirmou que 5 vereadores já buscam embasamento jurídico para investigar a situação de Pinheiro e não descartam a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os fatos.
"Acredito que o mais sensato seria a renúncia ou o afastamento do prefeito. Já estamos estudando a abertura de uma CPI e temos 5 vereadores que compartilham esse desejo".
Por enquanto, se manifestaram pelo afastamento do prefeito os seguintes parlamentares: Marcelo Bussiki e Gilberto Figueiredo, ambos do PSB, Diego Guimarães (PP), Felipe Wellaton (PV), Abílio Júnior (PSC) e Dilemário Alencar (Pros).
Diego Guimarães está licenciado e no seu lugar quem legisla é o suplente Denilson Nogueira, do mesmo partido que não defende o afasmento de Pinheiro.
A população se organiza para acompanhar a sessão plenária que será realizada amanhã. Nas redes sociais já se propaga uma campanha “Fora Emanuel”, na qual mais de mil pessoas manifestaram interesse de participar. Os vereadores pretendem se reunir entre hoje e amanhã para tentarem alinhar o discurso sobre o assunto.