segunda-feira, 23/setembro/2024
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A estupidez no trânsito – uma inimiga mortal

Cézar S. Santos - é ex-servidor público federal e advogado tributarista em Sinop - [email protected]
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Que tempos são esses que não podemos mais falar das flores, das coisas belas da vida, daquilo que nos enche de prazer e a alma transborda em alegria… Que tempos são esses que vivenciamos tanta violência, tristeza, estupidez, ódio e individualismo. De onde vem a raiz desse mal que assola a sociedade e produz vítimas inocentes e incessantes…? Quanta violência no trânsito, nos seios familiares, o que presenciamos todos os dias na mídia, nas ruas e nos lares fazem-nos estremecer, causam-nos horror, medo, náuseas e sobretudo preocupação. O ser humano simplesmente perdeu o respeito pelo seu semelhante, vivemos em uma sociedade onde deveria permear a paz, o amor, o respeito, a solidariedade, a educação em todos os sentidos, sobretudo no trânsito, a harmonia e a busca pela felicidade; aliás, nascemos para a felicidade, mas o que vemos, violência, morte, ódio, estupidez, baixa valorização da vida, rancor, vandalismo, desobediência, desrespeito às leis, desassossego e desunião. Uma guerra cruel contra a própria natureza humana, violando seu mais sagrado princípio que é o direito à vida, guerra essa perpetrada no trânsito por nós mesmos, todos os dias.

Temos visto quase que diariamente vidas serem ceifadas no trânsito em Sinop, simplesmente pela estupidez humana. Respeitar a vida esse é o código que todos devemos seguir. A vida está em suas mãos. A violência no trânsito precisa sair do nosso caminho, não podemos conviver com tanta brutalidade e estupidez, todos estamos chocados e perplexos, as ocorrências mostram a cada dia que perdemos vidas principalmente jovens, por questões estúpidas e banais no trânsito, a vida fenece em cada esquina e a dor instala-se em nossos corações.

Penso que a vida deve ser permanentemente um estado de paixão,… pelo próprio viver em si, pelas pessoas que circundam nossas vidas, pelo nosso semelhante, pelo trabalho… pelo respeito a todos, é preciso despertar a consciência coletiva de que todos somos irmãos, sofremos as mesmas dores e angústias, participamos do mesmo paraíso que é a terra, tão bela, próspera e acolhedora. Devemos refletir e mudar nosso destino, acordar pela manhã e ver a gloriosa luz do sol e a mão de Deus em nossas vidas, quanto da vida se perde por não perceber suas maravilhas.

O trânsito, que faz parte de nosso cotidiano deve se dar em condições seguras, é um direito e dever de todos, dos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito, cabendo, no âmbito das respectivas competências, adotar as medidas destinadas a assegurar esse direito, Sinop não pode mais conviver com tantas tragédias no trânsito, todos os dias, devemos sim, substituir as lágrimas pelo sorriso no trânsito e festejar a vida e não a morte. 

Penso que não é somente um problema da lei e dos órgãos responsáveis pelo trânsito, é um problema grave de educação e de todos nós e somente a cultura da paz, da não violência, respeito e educação no trânsito podem mudar essa estatística trágica, Sinop tem sido constantemente campeã em acidentes e mortes no trânsito, isso precisa mudar, é inaceitável o que acontece quase todos os dias, devemos planejar e aplicar ações educacionais que visem desenvolver junto aos motoristas, motoqueiros e ciclistas conceitos e práticas básicas de trânsito seguro, fiscalização intensa, inclusive com aplicação de pesadas multas e retenção de motos cujos motoqueiros insistem em andar em alta velocidade pela cidade, trafegam sem cuidado e expõe a sua vida e a de outrem à própria sorte. 

Onde andarão nossos valorosos guardas municipais que não os vemos mais? 

Albert Einstein dizia: “Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana, e eu não estou seguro quanto ao Universo”. No mesmo sentido, Oscar Wilde também profetiza: “Não há nenhum pecado, exceto a estupidez”.

Extrapoladas todas essas possibilidades de se obter a paz no trânsito, resta-nos uma única e última alternativa: erigir uma estátua em homenagem a estupidez humana para que todos vejam e se envergonhem de sua própria estupidez. 

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