O prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB) aparece em um vídeo recebendo dinheiro vivo na época em que foi deputado estadual, de 2010 a 2014 e a acusação faz parte da delação premiada do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), homologada pelo Supremo Tribunal Federal Luiz Fux. A informação é da Folha de São Paulo.
O pagamento, segundo Barbosa, seria uma espécie de "mensalinho" para garantir apoio dos deputados estaduais ao seu governo. O peemedebista afirmou que o esquema já estava em vigor na gestão do hoje ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), que o antecedeu no governo do Mato Grosso. Além da gravação de Pinheiro, o peemedebista entregou pelo menos mais nove vídeos de deputados e ex-deputados estaduais recebendo propina", informa a Folha, que teve acesso à delação.
"Segundo a Folha apurou, ao menos dois dos flagrados exercem mandatos. Um deles é prefeito de uma cidade do Mato Grosso. O outro é deputado federal em Brasília. Envolvidos no acordo afirmaram à reportagem que os valores da propina podiam chegar a R$ 80 mil. O ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso José Geraldo Riva também afirmou, no acordo de delação que negocia com a Procuradoria Geral da República, que o prefeito de Cuiabá se beneficiou do mensalinho", acrescenta o jornal.
Outro lado
Emanuel nega as acusações, disse que nunca recebeu "mensalinho" ou dinheiro ilícito para apoiar o governo de Silval Barbosa (PMDB) e afirmou, em nota, que "refuta toda e qualquer ilação que possa ter sido alegada com intenção de enredá-lo nas supostas práticas criminosas que teriam sido admitidas numa possível delação". O prefeito disse também que desconhece citação de seu nome em delações. Ele destacou que reitera sua absoluta confiança na Justiça e se colocou à disposição "para a elucidação dos fatos".