O desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Orlando de Almeida Perri, decidiu colocar em liberdade o ex-secretário da Casa Militar, Evandro Ferraz Lesco, e o ex-adjunto da Casa Militar, Ronelson Barros, presos por supostamente participarem do esquema de grampos ilegais ocorridos no âmbito da Polícia Militar.
O coronel Lesco está detido na Academia da Polícia Militar Costa Verde e Ronelson está no Batalhão de Operações Especiais (Bope) desde junho por decisão do próprio Perri.
Eles foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MP) por suposta participação no esquema de escutas executadas na modalidade "barriga de aluguel" – em que números de telefones são incluídos indevidamente em pedidos judiciais.
A decisão ocorre após o Departamento Penitenciário Nacional negar a concessão das vagas em presídios federais pleiteadas pelo desembargador para a transferência dos coronéis da Polícia Militar presos. O objetivo era impedir que eles interferissem nas investigações.
Lesco é apontado como o responsável pela compra dos equipamentos de escuta, ao custo de R$ 24 mil. Ronelson teria dado apoio ao esquema. Teriam sido vitimas dos grampos ilegais centenas de pessoas, entre políticos, médicos, empresários, jornalistas e um desembargador aposentado.
(Atualizada às 18h)