O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Obras da Copa, Mauro Savi (PSB), afirmou que os membros da investigação alertaram o governo quanto às irregularidades do Consórcio VLT. Na última semana, a Polícia Federal desencadeou a Operação Descarrilho que apura crimes de fraude a processo licitatório, associação criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato e lavagem de capitais ocorridos durante a escolha do modal do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e sua execução em Cuiabá.
Savi ressalta ainda que a CPI não quis interferir na tomada de decisão do governo do Estado, mas apenas alertar. O pessebista apresentou uma emenda ao relatório final da CPI porque segundo ele, alguns pontos não ficaram claros ou não constaram, como a sugestão para que o contrato do Estado com o Consórcio VLT seja rescindido.
“Quando propus a emenda polêmica que deveria ser anexada ao relatório final da CPI que foi rejeitada, eu já previa isso. Fui contra a maneira que estava e contra o Estado manter contrato com o Consórcio para concluir o VLT. Até mesmo por causa do valor absurdo que queriam, mais R$ 1 bilhão. Sugeri que a empresa pagasse R$ 541,9 milhões em multa ao Estado, mas a maioria dos meus colegas foi contra a emenda”.
Já o deputado Oscar Bezerra (PSB), presidente da CPI, explicou na época que a emenda não iria mudar o quadro final do documento. “Na realidade, não muda muita coisa. Essa propositura da emenda só está chancelando para esclarecer que todos os relatórios têm, em vários deles, a sugestão do cancelamento [do contrato do VLT] por nulidade absoluta”.