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Silval aponta em delação pagamento de propina para Eder Moraes, Carlos Bezerra e Wellington Fagundes e acusa Blairo

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O ex-governador Silval Barbosa afirmou, em delação premiada homologada pelo STF, que pagou R$ 3 milhões de propina para o ex-secretário de Fazenda, Eder Moraes, e o ministro da Agricultura e ex-governador Blairo Maggi teria pago outros R$ 3 milhões para Eder mudar depoimento onde incriminaria Blairo e Silval. O ex-secretário havia dito, em depoimento ao Ministério Público, que Silval e Blairo sabiam da compra de uma vaga de conselheiro no Tribunal de Contas de Mato Grosso. Eder queria a vaga mas não conseguiu e acabou fazendo a acusação. Mas, de acordo com Silval, acabou voltando atrás depois de negociar a propina. Primeiro, Eder pediu R$ 12 milhões. Mas topou receber a metade. Blairo teria entregue, entre 2014 e 2015, R$ 3 milhões através de Gustavo Capilé e Silval mandou outros R$ 3 milhões através de seu ex-chefe de Gabinete, Silvio Correa – teriam sido divididos em R$ 2,2 milhões em dinheiro e R$ 800 mil para quitar dívida de Eder com Silval. A revelações foram feitas, agora há pouco, pelo Jornal Nacional, da TV Globo, que teve acesso à delação premiada. Eder foi secretário nos governos de Blairo Maggi e Silval Barbosa.

Eder mudou o depoimento dado em março de 2014 onde afirmou que pretendia comprar uma vaga no TCE. Mas, depois, mudou a versão alegando que havia prestado depoimento porque estava "tomado pela emoção", pois não teria sido escolhido para ser indicado e que "praticamente me nomearam e depois me tiraram".

Silval diz que Eder mudou de versão porque levou propina. O STF acabou arquivando a investigação contra Blairo Maggi. O caso pode ser reaberto.

Na delação, Silval Barbosa também aponta que pagou R$ 4 milhões de propina para o deputado federal Carlos Bezerra, presidente do PMDB em Mato Grosso (mesmo partido de Silval), para que apoiasse uma candidatura a prefeito em Cuiabá.

O ex-governador também disse, na delação, que foi paga propina para o senador Wellington Fagundes, seu aliado, que preside o PR em Mato Grosso. Silval disse que foram repassados parte de pagamentos de valores de construtores, de obras de pavimentação, para o senador e que houve quitação ilegal de dívidas de campanha. Mas não foram mencionados os valores.

Outro lado
Em nota encaminhada ao Só Notícias, Blairo Maggi disse que "causa estranheza e indignação que acordos de colaboração unilaterais, coloquem em dúvida a credibilidade e a imagem de figuras públicas que tenham exercido com retidão, cargos na administração pública. Nunca houve ação, minha ou por mim autorizada, para agir de forma ilícita dentro das ações de Governo ou para obstruir a justiça. Jamais vou aceitar  qualquer  ação para que haja "mudanças de versões" em depoimentos de investigados. Tenho total interesse na apuração da verdade. Qualquer afirmação contrária a isso é mentirosa, leviana e criminosa. Também não houve pagamentos feitos ou autorizados por mim,  ao então secretário Eder Moraes, para acobertar qualquer ato. Por não ter ocorrido isto, Silval Barbosa mentiu ao afirmar que fiz tais pagamentos em dinheiro ao Eder Moraes. Jamais utilizei de meios ilícitos na minha vida pública ou nas minhas empresas. Sempre respeitei o papel constitucional das Instituições e como governador, pautei a relação harmônica entre os poderes sobre os pilares do respeito à coisa pública e à ética institucional. Por fim, entendo ser lamentável os ataques a minha reputação, mas estou com a consciência tranquila quanto às minhas ações e assim que tiver acesso ao teor da possível delação, usarei de todos os meios legais necessários para me defender, pois definitivamente acredito na Justiça. O momento exige serenidade e responsabilidade".

O deputado Carlos Bezerra disse, ao Jornal Nacional, que o pagamento citado pelo ex-governador não tem nenhum fundamento, que ele faz parte do diretório estadual do PMDB e quem trata de campanhas à prefeitura é o diretório municipal.

O senador  Wellington Fagundes disse que todas as doações de campanhas constam em prestação de contas aprovada pela justiça. A defesa de Silvio Araujo disse que ele tinha relação muito próxima a Silval e cumpria ordens.

Os demais citados ainda não se manifestaram.

(Atualizada às 20:05h)

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