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Desembargador manda prender ex-secretário da Casa Civil Paulo Taques

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A Polícia Civil confirmou que cumpre neste momento um mandado de prisão preventiva contra o ex-secretário chefe da Casa Civil, Paulo Taques. A ordem foi expedida pelo desembargador Orlando Perri. Ele foi levado para a Polinter, deve prestar depoimento esta tarde ao juiz Marcos Faleiros e em seguida ser levado ao Centro de Custódia de Cuiabá. O caso está relacionado ao suposto envolvimento dele no esquema de escutas telefônicas clandestinas a políticos, servidores e empresários. O pedido foi feito pelo delegado Juliano Silva de Carvalho.

O desembargador apontou que há fortes indícios do suposto envolvimento do ex-secretário estadual mas "o mesmo não pode se dizer, por ora, quanto ao governador do Estado, Pedro Taques pois não há, até o momento, nenhum elemento, mínimo  que seja, de sua participação", ou "que sabia ou de aquiesceu com atos praticados".

Desde que a denúncia dos grampos foi feita pelo promotor de justiça Mauro Zaque (ex-secretário estadual de Segurança) em maio deste ano, Paulo Taques já havia sido apontado como responsável pela inslusão do telefone da suposta ex-amante, em uma ação judicial de interceptação telefônica, que tinha como objetivo investigar uma quadrilha de traficantes na fronteira de Cáceres com a Bolívia. A prática é conhecida como "barriga de aluguel". 

Paulo negou e deixou o cargo de chefe da Casa Civil para advogar pelo primo, o governador Pedro Taques (PSDB), que também foi denunciado por Mauro Zaque junto a Procuradoria Geral da República por supostamente ter prevaricado ao não tomar providências em relação ao esquema, que seria operado por membros do alto escalão da Polícia Militar.

Depois que o caso começou a ser investigado, Taques voltou a ser citado. Dessa vez, por duas delegadas de polícia. Alana Souza Cardoso afirmou que recebeu ordens de Alessandra Saturnino, então secretária-adjunta de Segurança, para que incluísse o telefone de Tatiane Sangalli em uma ação de interceptação telefônica porque ela representaria perigo à vida do governador, já que teria planos de se casar com o ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro.

A versão foi confirmada por Saturnino, que confirmou que o ex-secretário da Casa Civil teria repassado em um papel números de telefones da ex-amante e ex-servidora pública e de um jornalista que foi candidato a governador no último pleito.

Paulo, inclusive, teria entregue os números para serem interceptados durante a operação Forti, conduzida pela Polícia Civil em 2015, para apurar a existência “escritórios de crimes” dentro de unidades prisionais, com o intuito de promover tráfico de drogas e homicídios.

A justiça estadual mandou prender, mês passado, o ex-comandante geral da PM, coronel Zaqueu Barbosa e no despacho de hoje Orlando Perri cita que os coronéis Siqueira, Lesco e Barros" são os principais "envolvidos na trama delituosa".

(Atualizada às 14:12h)

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