quinta-feira, 19/setembro/2024
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Ex-secretário estadual diz à juíza que deputados receberam propinas

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O ex-secretário de Estado de Fazenda, Marcel Souza de Cursi, apontou a participação de quatro deputados estaduais e uma prefeita no recebimento de uma parte do dinheiro desviado dos cofres públicos na desapropriação de uma área no Jardim Liberdade, em Cuiabá. Interrogado nesta sexta-feira (28) pela primeira vez desde que deixou a prisão, ele negou ter participado do esquema e reclamou do fato dos nomes dos parlamentares Guilherme Maluf (PSDB), Mauro Savi (PSB), Romoaldo Júnior (PMDB) e Wagner Ramos (PSD), além da prefeita de Juara, Luciane Bezerra (PSB), não estarem na denúncia.

A afirmação do ex-secretário ocorreu no momento em que ele questionava o rateio dos mais de R$ 15 milhões desviados no negócio. Segundo ele, a denúncia do Ministério Público Estadual (MP) tem falhas porque os repasses “estouraram” em mais de R$ 1,8 milhão. “Esse número não fecha, esse número não bate”.

Cursi citou uma série de pagamentos que foram revelados ao longo das investigações, dentre eles, pagamentos de R$ 474 mil para o empresário Filinto Müller, R$ 159 mil para o procurador aposentado Francisco de Andrade Lima Filho, R$ 230 mil para Alan Malouf, R$ 700 mil para o ex-secretário Arnaldo Alves, R$ 600 mil para o ex-presidente do Intermat, Afonso Dalberto, R$ 1,1 milhão novamente para Lima, R$ 700 mil para Luciane Bezerra, R$ 190 mil para um assessor do deputado Mauro Savi, R$ 1,5 milhão para Pedro Nadaf, R$ 90 mil para Chico Lima, R$ 950 mil para Alan Malouf, entre outros.

‘Eu acredito que há pessoas com foro privilegiado que estão sendo preservadas. Eu gostaria de citar, por exemplo a Luciane Bezerra’, afirmou Cursi, que também listou os nomes dos deputados Romoaldo, Savi, Ramos e Maluf. ‘Esses nomes não aparecem na denúncia!’. Segundo o ex-secretário, foram realizadas alterações no dossiê entregue por Müller. “Não estou acusando as autoridades, só que são os colaboradores, eles estão induzindo a justiça”.

Outro lado

Na outra vez em que teve seu nome citado, Luciene negou qualquer tipo de recebimento e destacou que não há nexo na versão, uma vez que era deputada de oposição ao governo de Silval Barbosa (PMDB).

Já Savi, disse por meio de sua assessoria desconhecer qualquer irregularidade e negou seu envolvimento de forma ilícita no processo de desapropriação. Ele pontuou que, na ocupação de deputado não teria competência de realizar algum processo dentro do Executivo envolvendo pagamentos de desapropriação.

A reportagem não conseguiu contato com os demais deputados citados.

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