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Deputado federal diz que é insustentável permanência de Temer na presidência

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O deputado federal Ságuas Moraes (PT) disse, em entrevista, ao Só Notícias, que a permanência de Michel Temer (PMDB) no cargo se tornou insustentável após a denúncia feita pela Procuradoria Geral da República, que será analisada pela Câmara dos Deputados. Segundo o parlamentar, a situação do presidente ficou ainda mais grave após a Polícia Federal entregar a perícia comprovando a autenticidade das gravações dele com o delator da Lava Jato, Joesley Batista, em março deste ano, no Palácio do Jaburu, residência oficial da vice-presidência.

“A situação dele [Michel Temer] é cada dia mais insustentável. Ele já estava complicado por causa das delegações e após apresentação dos áudios ficou ainda pior. A comprovação das irregularidades dele agrava ainda mais a situação do país.  Não da para sustentar um presidente processado no comando do Brasil. Nós vamos votar favoráveis pela licença ao Supremo Tribunal Federal (STF) para processá-lo”, afirmou Moraes.

Aliado de Dilma e Lula, o petista disse ainda que Temer assumiu o governo para cometer um fraude e paralisar a operação Lava Jato. “Não podemos admitir que um presidente da república receba na residência oficial, um cidadão confessando que está cometendo crimes e não faz absolutamente nada. Ele é convivente com o sistema fraudulento dos empresários da JBS. Os áudios comprovam o presidente cometendo um crime. É muito mais grave que um crime eleitoral e não pode ser relevado em hipótese alguma”.

De acordo com Ságuas, é necessário eleição direta para conseguir controlar as ‘conturbações políticas’ do país.  “Não podemos nos preocupar com os abalos políticos e econômicos quando temos um presidente sem o mínimo de seriedade com o poder. Temos que retirá-lo o mais rápido possível. Alguém que exigir a saída dessa quadrilha do comando do país. Não basta sair apenas o Temer. Tem que haver eleições diretas. Nenhum outra possibilidade é segura", acrescentou.

A Polícia Federal entregou o resultado da perícia nas gravações de Joesley Batista, dono da JBS ao Supremo Tribunal Federal (STF) e o  procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou, esta semana, denúncia contra o presidente Michel Temer e ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) pelo crime de corrupção passiva. Os peritos da PF atestam que não há edição nem adulteração no conteúdo divulgado, o que, segundo a polícia, é indício de que Temer deu aval para a compra do silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Segundo o Ministério Público Federal, o objetivo é garantir que Cunha não feche acordo de delação premiada.

Já a perícia contratada pela defesa de Temer, feita por Ricardo Molina, aponta que o áudio está "inteiramente contaminado por inúmeras descontinuidades, mascaramento por rúidos, longos trechos ininteligíveis ou de inteligibilidade duvidosa e de várias outras incertezas" e que a gravação deveria ser jogada no lixo.

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