O programa Vigilância em Saúde do Escolar busca fazer um acompanhamento de parâmetros de composição corporal e aptidão física em jovens de 10 a 17 anos. O projeto é desenvolvido em Sinop, com parceria da Universidade Federal do Espírito Santo, da Universidade Estadual de Campinas e Instituto Federal do Paraná, sob coordenação dos professores Mário Sugizaki e André Nascimento, do campus em Sinop da Universidade Federal de Mato Grosso.
Através de um software que armazena informações dos estudantes relacionadas ao seu desenvolvimento corporal, Sugizaki e o professor André Soares Leopoldo, da UFES, realizam as atividades, juntamente com acadêmicos de uma instituição particular em Sinop.
“A ideia é auxiliar os gestores e os profissionais de educação física no acompanhamento dessas crianças e adolescentes, identificando porventura algum déficit físico, se houve alterações da composição corporal, como obesidade. Por exemplo, mudanças na pressão arterial podem ser um indicativo de hipertensão”, disse Leopoldo.
Nesse programa, é realizada num primeiro momento uma bateria de testes aplicada nos jovens, por exemplo o IMC (Índice de Massa Corpórea), altura, teste de resistência, corridas, saltos orientados horizontais e verticais para medir força. “Essa é uma preocupação que todos – pais, responsáveis, professores, educadores físicos – devem ter com essa nova geração. Estudos apontam para um maior sedentarismo, encontramos um percentual de crianças com baixa aptidão física e comorbidades, como o excesso de peso para a respectiva idade”, acrescentou Sugizaki.
Outros parâmetros de saúde serão considerados em uma segunda etapa, entre eles saúde mental, alimentação, sedentarismo, tabagismo, que são os principais fatores de risco para doenças crônicas.
Realizado inicialmente em um colégio particular de Sinop, a o objetivo do projeto, segundo os idealizadores, é ampliar o atendimento – a partir do desenvolvimento deste software – também para as escolas públicas.