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Esposa diz que prisão de coronel é midiática e não há provas contra ele

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A esposa do coronel da Polícia Militar, Zaqueu Barbosa, Cintia Selhorst, fez um desabafo nas redes sociais, afirmando que a prisão do marido é “midiática” e que não haveria nenhuma prova contra ele. Zaqueu está preso preventivamente na sede do Batalhão de Operações Especiais (Bope) desde o último dia 23.

Ele é acusado de ter determinado o uso o sistema ‘Guardião’ de interceptação telefônica de alta tecnologia para “grampear” ligações a mando do primeiro escalão do governo Pedro Taques (PSB).

Teriam sido realizados pelo menos mil grampos envolvendo magistrados, políticos, servidores, médicos e jornalistas. O caso só veio à tona em denuncia do promotor de Justiça e ex-secretário de Segurança, Mauro Zaque.

Conforme Cintia, é “surreal e inacreditável” o marido ter sido preso “baseado em um processo que ele simplesmente não aparece”.

O decreto de prisão expedido pelo juiz Marcos Faleiros da Silva, da 11ª Vara Criminal Especializada em Crimes Militares de Cuiabá, que agiu por ofício, ou seja, sem qualquer pedido por parte das autoridades competentes a pedir a preventiva do policial. Após a prisão, Zaqueu impetrou um habeas corpus, cujo pedido de liminar negado pelo desembargador Paulo da Cunha, da Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). O mérito do HC ainda não foi apreciado.

No entanto, segundo Cintia, não haveria nenhuma prova das acusações. Segundo ela, o processo, que corre em segredo de justiça, é baseado somente em matérias que saíram nos meios de comunicação.

“Nos três primeiros volumes da denúncia só tem o que já foi noticiado na mídia. É um processo midiático. Literalmente. Tudo o que saiu na mídia está lá! Mas é sigiloso. O que tem? Listas de números de telefones, as mesmas que saíram na mídia. Nada além disso. Algumas coisas desconexas é só”, disse.

Ainda segundo Cintia, não há nenhum documento que conste a assinatura de Zaqueu ou mesmo que comprove qualquer vinculo dele com os grampos ilegai,s que teriam ocorrido mediante esquema conhecido como “barriga de aluguel”.

“Onde aparece o nome de Zaqueu para supor que seja o mandante de escutas de civis? Em lugar nenhum! O nome de Zaqueu não é citado em lugar algum. Simples assim. Nenhum documento assinado por ele, nenhuma nota fiscal, nenhum pedido de nada no nome dele. Simplesmente não se acha o nome de Zaqueu em nada, nenhum documento”, reforçou.

Além do coronel Zaqueu Barbosa, o cabo Gerson Luiz Ferreira Corrêa Júnior foi preso acusado de ser o responsável por supostamente fazer relatórios falsos de grampos militares executados por meio da modalidade "barriga de aluguel”. Ambos são os investigados no inquérito policial militar, por serem considerados os principais responsáveis por executar o grampo.

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