O secretário de Estado das Cidades, Wilson Santos (PSDB), voltou a defender um projeto de lei aumentando a taxação sobre o setor agropecuário visando financiar a área da saúde em Mato Grosso. “É o setor mais rico e que poderia ajudar um pouco mais o Estado. O agronegócio é isento de impostos e poderia bancar o Fethab”.
Santos lembrou de um projeto que apresentou em 2015 justamente sobre a taxação de commodities para aumentar a arrecadação na área da saúde. Segundo ele, dá pra aumentar o valor do Fundo de Transporte e Habitação (Fethab) que poderia arrecadar mais de R$ 2 bilhões por ano.
A ideia, segundo o atual secretário e deputado estadual licenciado, seria o rateio do fundo da seguinte forma: 10% para habitação, 20% para a saúde e 70% para infraestrutura de transporte. Com isso, segundo Santos, o governo poderia conseguir cerca de R$ 260 milhões para a área da saúde, que já contribuiria para fechar o rombo.
Wilson Santos disse que irá apresentar a proposta ao governador Pedro Taques. Sobre a atual resistência do setor do agronegócio. “Se há um setor que pode contribuir é o agronegócio. O Eraí [Maggi] pode espernear, mas ele está bilionário. O Blairo [Maggi] pode espernear, mas está trilionário", disse o secretário em entrevista à rádio Capital FM.
Conforme Só Notícias já informou, o governo do Estado enfrenta uma grave crise na saúde e aponta uma dívida de R$ 260 milhões. Nos últimos dias, o governo disse ter feito um esforço para quitar R$ 67 milhões em dívidas com fornecedores.
Por conta da falta de repasses, o Hospital Regional de Sorriso ameaçou quase fechar as portas. No Hospital Regional de Colíder, médicos fizeram grave por não receberem pagamentos. Esta mesma situação também foi constatada na unidade sorrisense. O Hospital Regional de Sinop ameaçou parar atendimentos também por falta de dinheiro que deveria ser repassado pelo governo.