O Ministério Público do Estado (MPE) abriu uma investigação sobre as causas da proliferação recente da mosca-dos-estábulos em várias propriedades rurais de Mirassol D’Oeste (290 quilômetros de Cuiabá). Ontem, técnicos da Promotoria, secretaria estadual do Meio Ambiente, Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Empaer, Indea e do município realizaram uma reunião para definir estratégias de atuação.
A primeira providência a ser adotada, conforme os técnicos, será iniciar as inspeções em uma usina do município. Os órgãos ambientais buscam informações sobre o volume de vinhaça produzido por safra, raio limítrofe da usina para distribuição da vinhaça, protocolo de distribuição no entorno da usina, frequência da operação de distribuição de vinhaça, tipo de solo nas áreas que recebem a vinhaça e o período de pico de aplicação da vinhaça.
A promotora de Justiça Tessaline Higuchi explica que, em 2015, o Ministério Público do Estado celebrou Termo de Ajustamento de Conduta com o município de Mirassol D´Oeste, Sindicato Rural e a Usina estabelecendo a adoção de medidas para regulamentação da prevenção e fiscalização do controle da mosca dos estábulos.
“As últimas vistorias realizadas pela Sema e Indea apontaram que não foram adotadas medidas suficientes a atender e solucionar a problemática. Além disso, foi verificado que as medidas previstas no TAC firmado em 2015 encontram-se ultrapassadas”, destacou a promotora de Justiça.
O coordenador do Centro de Apoio Técnico à Execução (Caex) do MPMT, promotor Marcelo Caetano Vacchiano, ressalta que a proliferação da mosca-dos-estábulos é um problema que atinge outras regiões do estado. “Estamos fazendo esta perícia ambiental com a participação de vários órgãos e, ao final pretendemos encontrar alternativas que possam ser replicadas em outros municípios que enfrentam o mesmo problema”, afirmou.