A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, determinou o prosseguimento de uma ação em desfavor do deputado federal Adilton Sachetti (PSB). A decisão foi tomada após o parlamentar ter se recusado a aceitar um acordo proposto pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para que o processo fosse encerrado.
Conforme o Ministério Público Estadual (MPE), ele teria cometido irregularidades no uso de recursos recebidos pelo município de Rondonópolis, à época dos fatos administrado por ele, por meio de um convênio. Os recursos foram encaminhados com um plano de trabalho, que definia de que forma os valores – destinados à uma festa e a um passeio para idosos – seriam gastos.
No entanto, Sachetti destinou os recursos para outras ações continuadas de Promoção Social. “Não desviei nada. O dinheiro veio para fazer um baile e um passeio com alguns idosos e eu comprei remédios, forrei o Lar dos Idosos, forrei o Lar Cristão, fiz obras no Instituto Louis Braille, compramos óculos, alimentação parenteral, fraldas geriátricas. O dinheiro foi bem aplicado, só que isso não estava no plano de trabalho original”.
O caso está atualmente no STF por conta do foro por prerrogativa de função do parlamentar, que já foi inocentado no processo que correu na esfera cível. “Antes da ministra decidir, a PGR nos procurou para oferecer um acordo. Sei da minha inocência, sei que este dinheiro, assim como nenhum outro, foi desviado, e não aceitei. Vou até o fim para provar, assim como foi feito no outro processo, que não houve crime”.
Por meio de nota, os advogados de Sachetti, Almino Afonso Fernandes e Ricardo Spinelli, reafirmaram as declarações do deputado e destacaram que irão recorrer da decisão, uma vez que no decorrer do processo ocorreram violações aos direitos de ampla defesa do parlamentar.