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Bezerra utiliza plenário da câmara para fazer duras críticas ao governo no caso dos grampos ilegais

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O deputado federal Carlos Bezerra (PMDB) teceu severas críticas ao caso de grampo ilegal cometida por membros do governo do Estado durante seu pronunciamento na tribuna da câmara. “Depois da ditadura militar é o caso mais grave que eu conheço”.

Bezerra defendeu que a Procuradoria da Câmara entre no processo. Para ele, “isso pode terminar ainda numa poça de sangue no meio da rua. Pode terminar no assassinato político, como disse o promotor Mauro Zaque”.

“O Estado de Direito foi profundamente agredido em Mato Grosso pelo governo do Estado, pela Polícia Militar. Eu fui vítima da ditadura. Fui preso político. Perdi a primeira filha na cadeia, quando preso político. Sofri muito naquela época com a questão do presídio e com a questão da nossa luta política pelas reformas de base, que foram interrompidas pelo golpe militar”, lembrou o cacique mato-grossense.

Ele disse que pensou que nunca mais presenciaria este tipo de agressão aos direitos individuais. “O Fantástico trouxe uma matéria no domingo com a denúncia de Mauro Zaque, um promotor do Estado, dizendo que ele avisou o governador de que em Mato Grosso estavam sendo feitas escutas ilícitas de advogados, políticos, funcionários públicos e o governador não tomou providência nenhuma”.

Bezerra continuou afirmando que os policiais que atuavam nos grampos ilegais eram do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e o governador os transferiu para a Casa Militar. “Eles ficaram na antessala do governador para fazer esse trabalho sujo, esse trabalho antidemocrático, que eu considero muito pior do que a corrupção. Muito pior do que roubar o dinheiro público é violentar a liberdade individual, é violentar o Estado de Direito neste país e isso está acontecendo hoje em Mato Grosso”.

O deputado federal também lembrou do caso da escuta clandestina contra a deputada estadual Janaina Riva (PMDB). “Uma revelação da política de Mato Grosso foi violentamente agredida. Não bastasse isso, no dia seguinte à denúncia do Fantástico, o secretário de Comunicação do Governo mandou colocar em mídias sociais uma foto da deputada com roupa íntima, mais uma agressão à deputada”.

“É um desrespeito total à autoridade. Um pseudoditador, um aprendiz de ditador está governando Mato Grosso, querendo se utilizar de práticas que dizia combater quando era promotor de justiça. Era o justiceiro, o legalista, e agora está lançando mão da pior prática possível no meu Estado, a perseguição”. 

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