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Comissão da Assembleia Legislativa debaterá reforma do ensino médio em MT

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A Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura e Desporto realizou a primeira reunião ordinária deste ano, ontem, para debater os principais projetos em tramitação e para apresentação de propostas para esta sessão legislativa. Na oportunidade, o presidente da comissão, deputado Allan Kardec (PT), propôs a discussão, por meio da realização de audiências públicas, do projeto de reforma do Ensino Médio. O deputado Wancley Carvalho (PV), membro da comissão, aproveitou para apresentar um projeto para incentivar artistas locais.

A proposta apresentada pelo governo federal para a reforma do Ensino Médio prevê a facultatividade das disciplinas de educação física, filosofia, sociologia, artes e espanhol o que seria, na opinião do deputado Allan Kardec, um retrocesso. De acordo com o deputado, o Estado precisa oferecer capacidade para construção de conhecimento e não se limitar à formação de pessoas para atender o mercado de trabalho.

“Esta proposta propõe a capacitação laboral em detrimento da formação laboral e vamos realizar audiências em todo o estado. O Ensino Médio precisa formar os jovens para a vida, para entrar em uma faculdade. Temos que nos preparar para desenvolver atividades de ponta”.

O deputado Wancley Carvalho, que participou da reunião, também defendeu a discussão do projeto de reforma e afirmou que o Estado possui uma boa estrutura para a formação profissional com os Centros de Formação Tecnológica (Cefet’s).

Ainda sobre o ensino público, o deputado Allan Kardec defendeu a licença qualificação, que está suspensa pelo governo do estado e impedindo que cerca de 100 professores da rede estadual, aprovados em cursos de mestrado e doutorado, se qualifiquem. Segundo o deputado, estes profissionais foram deveriam iniciar o programa de capacitação stricto senso este ano, mas para isso precisariam abrir mão de seus salários durante o período de aulas.

“Estes profissionais estão aprovados, iriam contribuir para melhorar a qualidade do ensino público em nossas escolas, e por um decreto do governo teriam que abrir mão do salário para estudar. O que inviabiliza o processo. Estamos conversando com o secretário de Educação, Marcos Marrafon para reverter essa situação”.

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