A juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda, acatou a denúncia apresentada pelo Ministério Público Estadual contra o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e outras dez pessoas investigadas na operação “Sodoma”. Na mesma ação, a magistrada não acatou denúncia contra os ex-secretários estaduais Pedro Nadaf (Casa Civil), Marcel de Cursi (Fazenda) e Arnaldo Alves de Souza Neto (Planejamento) o procurador Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o médico e filho de Silval, Rodrigo da Cunha Barbosa, e Karla Cecília de Oliveira.
Além de Silval, foram denunciados pelo MPE e passam a figurar como réus os ex-secretários estaduais Cesar Zílio e Francisco Faiad (ambos de Administração), o ex-chefe de gabinete do governo Silvio Cesar Corrêa Araújo, José de Jesus Nunes Cordeiro, Pedro Elias Domingues de Mello, Valdísio Juliano Viriato, Juliano Cezar Volpato, Edézio Corrêa, Alaor Alvelos Zeferino de Paula e Diego Pereira Marconi.
Todos eles tiveram os nomes envolvidos na quinta fase da operação, deflagrada em fevereiro deste ano, e apura desvios de recursos públicos, além de fraudes nas secretarias estaduais. Os crimes teriam ocorrido durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa.
Em seu despacho, a magistrada aponta “a existência efetiva da organização criminosa que se estabeleceu no seio do Poder Executivo com o propósito de capitalizar vantagem indevida, exigindo recursos da classe empresarial mato-grossense, fraudando licitações e desviando recursos públicos, promovendo verdadeira sangria na receita pública do Estado”.
O grupo teria desviado cerca de R$ 3 milhões em propinas entre 2011 a 2014.
(Atualizada às 15h20)