O governador Pedro Taques (PSDB) determinou à equipe econômica a realização de estudos de impacto do pagamento do residual de 3,92% do Reajuste Geral Anual (RGA), bem como da integralidade da recomposição prevista para este ano. A informação foi confirmada pelo secretário de Estado de Fazenda, Gustavo de Oliveira, um dos responsáveis pelo levantamento. O gestor adota a cautela para falar das possibilidades de concessão do aumento aos servidores públicos estaduais e destaca que ainda não há uma proposta a ser feita às entidades e sindicatos que representam o funcionalismo.
Conforme o secretário, a determinação de Taques envolve o restante da RGA de 2016, a integralidade da recomposição deste ano, que deve ficar na casa de 5%, e o cenário pelos próximos anos. “Estamos fazendo contas para pagar esses 3,92% e vamos ver como dá para pagar a RGA deste ano e dos próximos. Ainda não temos proposta para fazer. Não dá para ser leviano. Temos que fazer contas até porque este é um assunto muito sensível para o conjunto dos servidores públicos”.
Gustavo salienta que a equipe econômica, por determinação de Taques, tem monitorado os números e indicadores financeiros do Estado. “O governador nos pediu a simulação de todas as hipóteses, inclusive o pagamento destes 3,92%, RGA pleno este ano e as projeções para os próximos anos”.
No ano passado, a RGA prevista era de 11,28%, mas o Estado conseguiu pagar 7,36% em três parcelas, além de se comprometer a, conseguindo espaço em seu orçamento, quitar a diferença de 3,92%, este ano. Gustavo lembrou que mesmo diante da mais grave crise da história da econômica brasileira, os servidores de Mato Grosso conseguiram manter, nestes dois anos, 96,5% do poder de compra. “Isso falando daqueles que só tiveram a RGA”.
O indicador é considerado por ele como positivo, uma vez que em alguns estados, sobretudo aqueles que não concederam a RGA, o poder de compra teve queda de até 20%. “Quem ganhava, em janeiro de 2015, R$ 1 mil teve, com os dois reajustes, um aumento para R$ 1.140. Se tivéssemos dado a RGA integral, esta pessoa receberia R$ 1.182. Então, podemos afirmar que na maior crise da história do país, o servidor público de Mato Grosso manteve 96,5% do poder de compra”.
Atualmente, causa preocupação na equipe econômica o crescimento vegetativo da folha de pagamentos, por conta das progressões de carreira e outros aspectos, que impactam diretamente nos gastos públicos. Conforme Gustavo, a cada mês o desembolso com o funcionalismo é elevado em aproximadamente R$ 40 milhões.