O ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), negou qualquer tipo de contato com empresários ligados a empresa Odebrecht – um dos principais alvos da operação “Lava Jato”. O senador mato-grossense licenciado disse ainda que tomou conhecimento sobre a suposta lista de ministros do atual governo federal denunciados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pela imprensa.
“Ainda não sei se procede ou não [a denúncia contra ele]. Esta lista do Janot eu só vi pela imprensa. Não tive negócio e contato com este pessoal [da empresa Odebrecht]”, afirmou o ministro em entrevista à rádio Capital FM, de Cuiabá, esta manhã.
Maggi afirmou não encontrar nenhuma ligação sua com os representantes da empresa investigada. Ele afirmou que teve apenas um caso isolado quando realizou uma viagem acompanhando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Cuba visando ampliar a produção de alimentos. Esta viagem teria sido bancada pela Odebrecht. Na oportunidade, Maggi estava no exercício do posto de senador.
O nome de Maggi surgiu como um dos nove ministros supostamente denunciados por Janot ao Supremo Tribunal Federal (STF). Esta denúncia seria com base em delações premiadas feitas por executivos da empresa na operação Lava Jato. Na oportunidade, a assessoria do ministro afirmou que a informação era improcedente.
Em relação ao seu atual partido, o PP, estar ligado a supostos esquemas de corrupção e o Ministério Público Federal pedir para que a legenda devolva cerca de R$ 2 bilhões possivelmente desviados, Maggi afirmou que não se arrepende de ter ingressado na agremiação. Segundo ele, estes problemas foram situações que ocorreram antes de sua entrada. “É um novo momento e não tenho qualquer ligação com este passado”.