O ex-deputado estadual Otaviano Pivetta (PSB) afirmou que o ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva, nunca o procurou para oferecer qualquer tipo de vantagem financeira ilegal, o chamado “mensalinho”. Pivetta afirmou ainda que não se sentia bem como integrante do Parlamento Estadual por perceber que não havia transparência nas decisões da Casa de Leis.
A declaração foi dada em entrevista à rádio Capital FM, em Cuiabá. Pivetta disse que nunca exigiu nada além do que os direitos de cada parlamentar e também chegou a alertar Riva sobre a falta de transparência. Caso algo desse errado, todos os demais se virariam contra ele.
Riva chegou a citar o nome de Otaviano Pivetta em seu reinterrogatório à juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda, porém, como um dos poucos integrantes da Assembleia Legislativa que não aceitou entrar no suposto esquema do pagamento do mensalinho.
Riva citou 32 deputados e ex-deputados estaduais como supostos beneficiários de um possível esquema de propina para aprovação de matérias do governo do Estado. Segundo o ex-presidente, o esquema funcionava desde o governo Dante de Oliveira (já falecido), passou pela gestão Blairo Maggi (PP) e também a de Silval Barbosa (PMDB). A “mesada” variava entre R$ 15 mil a R$ 25 mil.