O deputado estadual José Riva (sem partido) será ouvido novamente nesta terça-feira (28), a partir das 13h30, pela juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda, na ação penal relativa a Operação Imperador deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Riva é acusado de desviar até R$ 62 milhões dos cofres públicos por meio de fraudes na aquisição de material de escritório. De acordo com as investigações, as compras superfaturadas vigoraram no período de 2005 a 2009.
O novo depoimento atende pedido da defesa do ex-deputado que enfatizou a necessidade do reinterrogatório para preservar seu direito de ampla defesa e contraditório e também para acrescentar novas informações ao processo criminal. A expectativa é que Riva admite as fraudes, a exemplo do que tem feito nas ações penais relativas a Operação Arca de Noé.
Esses processos o acusam de desvio de dinheiro da Assembleia Legislativa por meio de pagamento a empresas de fachada, cujos cheques seriam trocados nas factorings de propriedade do bicheiro João Arcanjo Ribeiro.
A confissão dos crimes é uma estratégia jurídica que visa obter a redução da pena numa eventual condenação.
Ainda na tarde de terça, está programado o depoimento da servidora da Assembleia Legislativa, Rosivani Mônaco de Jesus, técnica legislativa lotada na Secretaria de Orçamento e Finanças, arrolada como testemunha de defesa por Riva.
No total, são 14 réus na ação penal da Operação Imperador. A candidata derrotada ao governo do Estado nas eleições de 2014, Janete Riva, esposa do ex-deputado José Riva, é suspeita de validar a entrada de material de expediente que jamais foi entregue ao Legislativo enquanto exerceu a função de secretária de patrimônio do Legislativo.