O percentual de famílias endividadas em Cuiabá atingiu 82,1% no mês de maio, um recuou de 0,2 ponto percentual sobre o mês anterior, acumulando, assim, a segunda retração consecutiva na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor. O estudo é realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e divulgada, nesta quarta-feira, pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT).
Em números absolutos, o total de famílias endividadas na capital atingia mais de 145 mil em maio de 2022 e agora passa para cerca de 167 mil, um crescimento de 15,54% no período. Os dados analisados pelo Instituto mostram, ainda, que dentre os endividados, 40,1% se encontram pouco endividados, 30,4% mais ou menos endividados e 11,6% muito endividados.
Para o presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, a desaceleração na geração de empregos pode ser um dos fatores para a diminuição na aquisição de novas dívidas. “O recuo na tendência de endividamento, visto desde março, ocorre juntamente com indicadores de emprego menores, o que pode ser um fator de contribuição, já que adquirir dívidas está conectado à capacidade de pagamento das famílias”, explicou.
Os tipos de dívidas que mais aparecem são os cartões de crédito (83,4%) e carnês (30,8%), logo após os financiamentos de carro (4,2%) e de casa (3,8%). O crédito consignado atinge somente 3,6% dos endividados, seguido de crédito especial (2,3%), e os demais tipos de dívidas somam 2,2%.
Já com relação à inadimplência, ou seja, quando o consumidor não consegue honrar suas dívidas, houve um aumento no percentual de famílias com contas em atraso, de 0,6 ponto percentual, passando de 24,9% em abril para 25,5% em maio. No entanto, o resultado atual é menor do que o verificado em maio do ano passado, quando 29,1% das famílias na capital se encontravam nessa condição.
Wenceslau Júnior afirmou que “as quedas na inadimplência perpetuam análises positivas das dívidas e na tomada de créditos no consumo cuiabano, mesmo com o crescimento no endividamento entre maio de 2022 e a pesquisa atual, o que fortalece o aquecimento econômico da região”.