Responsável pela defesa do ex-deputado estadual José Riva (sem partido), o advogado Rodrigo Mudrovitsch declarou que os depoimentos nas ações penais da operação Arca de Noé programados para o dia 24 deste mês deverão ser marcados pela confissão de crimes.
Isso porque Riva já prestou depoimento em uma ação penal relacionada a operação policial e confirmou a existência de um esquema de desvio de dinheiro da Assembleia Legislativa por meio de pagamento a empresas de fachada e também para quitar empréstimos financeiros contraídos com o ex-chefe do crime organizado de Mato Grosso, João Arcanjo Ribeiro, para custear despesas de campanha eleitoral.
“Com relação à Arca de Noé, houve um depoimento bastante amplo dele no ano passado e todas as audiências que dizem respeito a esses fatos a linha será a mesma. Ou seja, a linha de trazer a verdade do que ocorreu. A tendência é que nas próximas audiências não haja novidade e deve ser repetido o que já foi dito”.
O ex-deputado José Riva ainda requereu a Justiça para ser ouvido novamente na ação penal decorrente da operação Imperador deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) que o acusa de ser o mentor de um esquema de desvio de R$ 62 milhões dos cofres da Assembleia Legislativa por meio de fraudes na compra de material gráfico.
Entretanto, o advogado Rodrigo Mudrovitsch disse que não há confirmação de que confissões serão feitas. “Esse ponto ainda não há uma definição”.
Em depoimento no dia 30 de novembro de 2016 perante à juíza Selma Arruda, o ex-deputado José Riva confessou que usou empresas de fachada para desviar dinheiro público e assim pagar dívidas de campanha eleitoral.
Riva ainda detalhou que o ex-governador Dante de Oliveira (já falecido) repassou R$ 22 milhões em excesso a Assembleia Legislativa a título de duodécimo para que a quantia fosse repassada ao bicheiro João Arcanjo Ribeiro.