Foi enviado para Sinop a investigação que tem como um dos alvos o ex-prefeito de Sinop, Juarez Costa (PMDB). O procedimento, que apura a suposta prática de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, foi revelado em setembro do ano passado quando o Ministério Público Estadual (MPE) deflagrou a operação “Sorrelfa”. Então prefeito do município, Juarez contava com a prerrogativa de foro por função e o procedimento tramitava em segunda instância, no Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
Agora, a investigação passa a ficar a cargo de uma das Varas existentes em Sinop. A fase inicial da investigação, que até o momento não foi transformada em processo, foi conduzida pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), que atua em casos em que há investigados com a mesma prerrogativa de Juarez, e o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO).
Em setembro do ano passado, por determinação da Justiça, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão, sendo sete em Sinop e três em Santa Catarina. Os mandados expedidos para Sinop foram cumpridos na casa de Costa, no gabinete que era ocupado por ele na prefeitura e na sede da Secretária Municipal de Assistência Social, entre outros lugares. Todo o procedimento segue sob sigilo.
Logo após a deflagração da operação, Costa, em entrevista coletiva, negou a existência de qualquer irregularidade. Ele acusou seus adversários políticos de estarem por trás das investigações e destacou que possui renda compatível com seu patrimônio, vez que é proprietário de emissoras de rádio no interior de Mato Grosso. O ex-prefeito afirmou que se defenderá das investigações no decorrer do processo.