O senador Jayme Campos (União) cobrou, hoje, do diretor-presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Sandoval de Araújo Feitosa Neto, solução para ampliar o fornecimento de energia em Mato Grosso e atender demanda para abrir mais indústrias, parte delas no agronegócio. Jayme disse que muitos empreendimentos estão deixando de ser implantados e, consequentemente, represando a economia e a geração de empregos. “Esse é um dos clamores. Recebo reclamação quase toda semana de empresários que vão me procurar pedindo para olhar o sistema. Dizem que quer fazer uma planta frigorífica ou qualquer outro empreendimento, mas não tem essa energia disponível”, cobrou.
Jayme acrescentou que a distribuição de energia não acompanhou a evolução do campo acolhe também queixas formuladas pelos agricultores do Estado. Em muitas ocasiões eles tem demonstrado insatisfação com o próprio fornecimento de energia elétrica às propriedades rurais. A capacidade de quilowatt-hora, por exemplo, é insuficiente, somada a falta de manutenção na rede em alguns trechos e as constantes oscilações, fator que tem inviabilizado investimentos de armazenagem.
Sandoval de Araújo admitiu que, de fato, existe deficiência na distribuição. Ele apontou duas questões objetivas: as dimensões do Estado para implantação das linhas de distribuição e também as dificuldades de ordem ambiental. Ambas as situações, segundo ele, impactam sobre o investimento para além das condições dos empreendedores.
Ainda na audiência pública no Senado, Jayme também reforçou as críticas de outros senadores sobre o valor das tarifas pagas pelos consumidores e cobrou ‘regras claras’ por parte das autoridades que atuam no segmento energético. Em Mato Grosso, segundo ele, os preços praticados estão ‘fora da casinha’, especialmente em se partindo da premissa que é um estado que produz energia em abundância. “Só aumenta, aumento, aumento, aumento, aumento…” – disse.
Jayme ainda declarou que os investimentos da concessionária “são poucos ou quase nada, e por isso disse ter dificuldades de compreender os motivos das tarifas serem elevadas. Ele lembrou que o índice de inadimplência reduziu sobremaneira, não passando de 3 a 4% e cobrou fiscalização rigorosa da ANEEL em defesa, sobretudo, da população mais carente”.
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