A Justiça manteve a prisão preventiva de um dos três acusados de matar o sargento da Polícia Militar, Geraldo Luiz Zampirollo, e Jessé Silva. As duas vítimas foram mortas a tiros em outubro de 2016, em uma propriedade rural a cerca de 45 quilômetros do centro de Cláudia (90 quilômetros de Sinop).
A defesa argumentou que o réu segue preso em Redenção, no Pará, e que, até o momento, não foi recambiado para Sinop. Além disso, também apontou que o processo já foi finalizado para julgamento e que o suspeito não cometeu crimes ou ameaçou testemunhas durante o período que esteve em liberdade.
A Justiça de Sinop, no entanto, ressaltou que o suspeito ficou foragido e só foi localizado em cumprimento de mandado de prisão preventiva. “Caso não fosse o cumprimento do mandado de prisão, até hoje estaria foragido, a exemplo de outro acusado, que sequer foi identificado. E, embora a defesa alegue que já foram produzidas todas as provas, agora o julgamento se dará perante o Corpo de Jurados, sendo necessária a reprodução de todas as provas já produzidas na primeira fase da ação penal, inclusive com a reinquirição das testemunhas, perante o Conselho de Sentença”, consta na decisão.
O Poder Judiciário ainda destacou que a prisão é necessária para manutenção da ordem pública. “O estado de preocupação e insegurança gerado pela liberdade do réu colide com sua garantia constitucional de se ver livre e autoriza a decretação da custódia provisória, salvaguardando a ordem pública e, sobretudo, a integridade física da vítima sobrevivente e testemunhas. Assim, não vislumbro qualquer constrangimento ilegal, sendo totalmente viável a manutenção da sua prisão preventiva, as quais foram fortemente fundamentadas para garantia da ordem pública, que ainda necessita ser preservada”.
No ano passado, conforme Só Notícias já informou, o Tribunal de Justiça decidiu colocar em liberdade dois acusados de envolvimento no crime. Como eles já haviam sido presos e o terceiro réu estava foragido, as ações penais foram separadas.
Em 2019, o juiz Rafael Siman Carvalho absolveu (impronunciou) dois réus que respondiam pelos crimes. Por outro lado, os outros três réus serão julgados por duplo homicídio e pela tentativa assassinato contra um adolescente.
Conforme Só Notícias já informou, os crimes ocorreram em uma fazenda, nas proximidades do assentamento Zumbi dos Palmares, a cerca de 50 quilômetros de Cláudia. A residência em que Zampirollo estava foi incendiada e o corpo do policial ficou carbonizado.
Devido a isso, passou por reconhecimento através de exames de DNA no Instituto Médico Legal (IML) de Cuiabá. Jesse da Silva estava na mesma residência e também foi assassinado a tiros. Porém, o corpo não foi atingido pelas chamas. Um adolescente de 14 anos [filho de Jessé] foi baleado, mas conseguiu fugir e ser socorrido por populares.
O sargento aposentado da Polícia Militar, Geraldo Luiz Zampirollo, foi sepultado no cemitério de Vera (82 quilômetros de Sinop).
Receba em seu WhatsApp informações publicadas em Só Notícias. Clique aqui.