Por dois votos a um, a 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça determinou a soltura do ex-secretário de Estado de Planejamento no governo Silval Barbosa, Arnaldo Alves. A decisão foi proferida, esta tarde, durante julgamento do recurso protocolado pela defesa do ex-secretário estadual.
Os desembargadores Pedro Sakamoto e Orlando Perri votaram por soltar. Já o desembargador Alberto Ferreira pela manutenção da prisão. O recurso começou a ser analisado em dezembro do ano passado, porém, teve que ser adiado por conta do pedido de vistas por parte de Sakamoto e retomado hoje.
Arnaldo Alves foi preso em setembro do ano passado durante a quarta fase da operação Sodoma, que investiga o desvio de R$ 15 milhões no pagamento da desapropriação de uma área em Cuiabá. A defesa dele alegou que as justificativas acatadas pela juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda, para prendê-lo eram vagas.
De acordo com as investigações, Alves teria integrado o esquema para lesar os cofres públicos durante a desapropriação da área, localizada no bairro Jardim Liberdade, com o valor total de R$ 31 milhões. Deste total, 50% seriam de propinas.
Como o Intermat não tinha dinheiro no orçamento para pagar a desapropriação da área, o ex-secretário teria ajustado o orçamento para tal transação.