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Com duas cadeiras na Assembleia, PT fala em reestruturação

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Com duas cadeiras na Assembleia Legislativa, a bancada do Partido dos Trabalhadores em Mato Grosso já pensa em uma reestruturação da legenda para as eleições de 2018. De acordo com o deputado estadual Allan Kardec, este é o momento das lideranças se unirem em prol de um projeto para o pleito estadual. “É uma grande oportunidade do partido dos trabalhadores. Temos um deputado que foi injustiçado nos últimos dois anos e não conseguiu assumir o cargo em 2014, mas que no ano passado teve seu lugar de direito. É um deputado do interior, que conhece as necessidades da população de Mato Grosso, e agora temos um deputado da capital. Vamos trabalhar para fazer um bom trabalho nos próximos anos para que o PT consiga se manter na casa nas próximas eleições”.

Nas eleições municipais deste ano, o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) refletiu nas urnas. Em Mato Grosso, apenas dois prefeitos do partido foram eleitos: Altir Peruzzo, em Juína, e Mabel Almici, em Castanheira. Nas eleições de 2012, o partido conseguiu fazer 11 prefeituras no Estado.

Mas se o resultado das urnas nas eleições municipais não foi muito animador, o fato de ganhar um representante na Assembleia Legislativa trouxe certo alento. Ano passado, o deputado Valdir Barranco, que teve a candidatura indeferida com base na Lei da Ficha Limpa, obteve vitória no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e assumiu na vaga de Pery Taborelli (PSC).

Com o resultados das eleições municipais, Kardec assumiu a cadeira de Emanuel Pinheiro (PMDB), que foi eleito prefeito em Cuiabá. “Vamos fazer uma dobradinha e teremos a oportunidade de reconstruir o partido, com o nosso prefeito em Juína, a nossa prefeita em Castanheira e o deputado federal Ságuas Moraes. A partir de 2017 fazer uma semeadura para que em 2018 nós possamos colher bons frutos. Tenho certeza que nas próximas eleições conseguiremos a manutenção destas duas vagas na AL, a manutenção da vaga na Câmara Federal e já pensamos em ter um candidato na disputa majoritária do Governo do Estado. Caso isso não seja possível, pelo menos um candidato ao Senado nós teremos. Bons nomes a sigla possui, o que precisamos fazer é trabalhar para isso”, explicou Kardec.

O deputado explicou que foi um ano complexo para a legenda. “2016 foi um ano difícil, haja vista a eleição em Cuiabá, na qual nós tínhamos dois vereadores e não conseguimos reeleger nenhum. Aconteceu o impeachment da presidente Dilma, perdemos em São Paulo, enfim o PT teve um ano de derrota nas urnas. Mas foi um momento de avaliação dos erros, dar a cara à tapa, e agora aproveitar a oportunidade de ter dois deputados na Assembleia para reconstruir o partido para 2018”.

O ex-deputado Alexandre César (PT) disse que apesar do desgaste político da legenda, esse é o momento de rever algumas situações para que a sigla volte a crescer. “Do ponto de vista político, o partido, que começou sem nenhum deputado fruto do processo político e jurídico que se abateu sobre a legenda já alguns anos, agora consegue segurar duas cadeiras no Legislativo. Nós estamos presentes em muitos municípios. É um momento de reflexão e unidade na construção de uma agenda comum que permita o partido recuperar seu protagonismo. Nós erramos muito e é preciso, nessa perspectiva, pensar esse futuro de forma diferente do que foi feito até agora”.

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