Os deputados estaduais Cláudio Ferreira (PTB), Calil Faissal (Cidadania), Gilberto Cattani (PL) e Elizeu Nascimento (PL), que compõem o bloco Direita Democrática, na Assembleia Legislativa, apresentaram na sessão de hoje, moção de repúdio contra a Federação Brasil da Esperança (PT/PCdoB/PV) pela ação movida contra o registro de candidatura do deputado federal Deltan Dallagnol, mais votado no Paraná com 344 mil votos, que culminou na cassação de seu mandato, ontem à noite, pelo Tribunal Superior Eleitoral. Os parlamentares mato-grossenses afirmaram que a cassação serviu como instrumento de vingança política, por conta dos esquemas denunciados e investigados por Deltan e demais procuradores de Justiça, na Operação Lava Jato.
Na acusação é mencionado que o deputado teria abandonado sua carreira no Ministério Público Federal (MPF) para impedir que procedimentos que questionavam sua atuação funcional viessem a se converter, possivelmente, em processos administrativos disciplinares, o que o tornaria inapto a disputar a eleição do ano passado. Os deputados de Mato Grosso apontam que a decisão do TSE “contraria o ordenamento jurídico, pois não poderia se pautar em suposições de acontecimentos futuros para condenar um indivíduo eleito legalmente e democraticamente pelo povo”.
“Devemos pensar no futuro que nos espera, em uma sociedade em que réus poderosos são absolvidos, apesar de haver provas, e os membros do Ministério Público que os acusam são punidos. Esperamos que a decisão seja revista, para que a justiça seja feita”, diz trecho da moção proposta pelo deputado Faissal, acrescentando que Dallagnol apresentou em seu registro de candidatura certidões negativas e demonstrou não estar respondendo a nenhum processo junto ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
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