O conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado Antonio Joaquim, afirmou, hoje, que o grupo político que articula candidatura ao governo do Estado e faz oposição ao governador Pedro Taques (PSDB) pediu para que aguarde a decisão judicial do seu pedido de aposentadoria, antes de recuar do projeto de disputar o governo, em outubro. Caso não haja tempo hábil, Joaquim afirma que deve apoiar uma eventual candidatura do senador Wellington Fagundes (PR).
No início de dezembro, a Procuradoria Geral da República (PGR) emitiu parecer contrário a sua aposentadoria, após consulta feita por Taques ao receber seu pedido para se aposentar da corte de contas. A procuradora-geral, Raquel Dodge, considerou que pedido de aposentadoria seria uma tentativa de “fugir das amarras processuais criadas pelos indícios de atividade criminosa” que envolvem o conselheiro afastado. Joaquim e mais 4 conselheiros foram afastados de suas funções por decisão do STF, após delação do ex-governador Silval Barbosa que os acusou de, supostamente, receberem propina em troca de apoio político. “Coloquei a questão quando a Dodge mandou suspender o processo. Reuni o grupo político para discutir, e se for necessário eu posso retirar minha candidatura. O povo de Mato Grosso clama por uma mudança, ninguém suporta mais o governo Pedro Taques. Se tiver uma posição contrária a minha aposentadoria, eu tenho que recuar”, disse Antonio Joaquim. “Não quero mais ser conselheiro. O TCE é um passado maravilhoso em minha vida, mas caso eu volte, imediatamente eu vou pedir minha aposentadoria”, acrescentou.
Joaquim e os demais conselheiros foram afastados por decisão do ministro Luiz Fux, por suposto recebimento de propina para aprovar as contas do ex-governador Silval Barbosa (sem partido) e por fazerem "vistas grossas" ao andamento das obras da Copa do Mundo de 2014 na capital mato-grossense.