A Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) prendeu uma mulher de 36 anos, acusada de mandar assassinar o vendedor de salgados, Nivaldo Francisco de Araújo, 58 anos, no dia 8 de agosto do ano passado, no bairro Cristo Rei, em Várzea Grande. Ela é enteada da vítima e teria encomendado a morte do padrasto para ficar com a casa onde ele morava.
De acordo com a assessoria da Polícia Civil, o mandado de prisão dela foi cumprido, hoje de manhã, no bairro Residencial Paiaguás, em Cuiabá.
A vítima era cozinheiro e trabalhava com a venda de salgados. Na data do crime, um homem chegou na casa, fez uma encomenda e, no momento, em que a vítima entregou e virou-se foi alvejada nas costas, com cinco disparos. Em seguida, o criminoso fugiu que estava em uma motocicleta.
Conforme a delegada Ana Cristina Feldner, responsável pela investigação, a mulher planejava mandar executar a enteada, filha do marido que foi morto em 2014. O motivo seria o mesmo: para ficar com a casa, uma vez que não conseguiu a casa do padrasto e agora pretendia tomar a casa que o marido falecido deixou para a filha.
“Ela é a principal suspeita. Ela falou para alguns parentes que ele tinha que morrer. Após isso, ela usou o mesmo ‘modus operandis’ com a enteada. Mandou bilhete dizendo que iria matá-la. Recentemente chegou a persegui-la mostrando uma arma. A enteada conseguiu despistar e registrou boletim de ocorrência”, explicou à delegada.
Para a delegada, a prisão da suspeita trata-se de uma ação repressiva, para elucidação do caso do vendedor, mas também é um trabalho preventivo, que evitou o cometimento de mais um homicídio.
“Teve a participação de toda a delegacia. Foi um caso de bastante investigação porque não tínhamos o endereço, nenhuma informação, nem mesmo os familiares sabiam onde ela morava. Foi preciso fazer um trabalho primoroso de investigação para descobrir onde estava”, afirmou Feldner.
A suspeita foi interrogada esta tarde. Depois de passar por exame de corpo delito será encaminhada a penitenciaria feminina, Ana Maria do Couto May para cumprimento da prisão temporária de 30 dias, que poderá ser renovada por mais 30 dias ou convertida em preventiva a qualquer a momento.
As investigações continuam para identificar o assassino.