A Polícia Civil confirmou que 50 pessoas investigadas na operação Gênesis, investigadas por organização criminosa para aplicar golpes virtuais, foram denunciadas pelo Ministério Público à 7ª Vara Criminal de Cuiabá. O grupo também responde pelo crime de lavagem de capitais, que executavam a fim de dissimular a origem ilícita dos valores auferidos.
A segunda fase da operação Gênesis foi deflagrada no início de março deste ano, com o cumprimento de 97 ordens judiciais, entre prisões, apreensões e bloqueio de valores e sequestro de bens dos investigados.
Segundo a Polícia Civil, a investigação identificou vítimas da organização criminosa em, ao menos, 13 estados brasileiros, na Roraima, Distrito Federal, Bahia, São Paulo, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Maranhão, Tocantins, Mato Grosso, Goiás, Paraná e Mato Grosso do Sul.
O inquérito que originou a operação Gênesis foi instaurado após a informação de que um morador do bairro Despraiado, na Capital, estava aplicando diversos golpes na modalidade fraude eletrônica. Ele usava contas bancárias digitais de terceiros para receber o dinheiro dos golpes aplicados, entre eles o do ‘perfil falso de Whatsapp’ e do ‘falso intermediador de vendas’.
Para executar as ações criminosas, o suspeito recrutava pessoas para que abrissem contas bancárias. Após a abertura das contas, ele passava a administrá-las, instalando os aplicativos dos bancos em seu aparelho telefônico. O dinheiro dos golpes passava a ser depositado nessas contas e, na sequência, era sacado ou transferido para outras contas pelo próprio golpista ou por seus comparsas.
No decorrer da investigação, a Polícia Civil identificou outras pessoas que, de alguma forma, estariam associadas para a prática dos golpes. Em julho do ano de 2022 foram cumpridas várias buscas sendo que nesta oportunidade diversos eletrônicos foram apreendidos. Os conteúdos foram analisados pelo Núcleo de Inteligência da delegacia e resultaram em material probatório que deu base à operação Gênesis.
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