O primeiro bandido preso na operação Canguçu, envolvido na tentativa de roubo à transportadora de valores em Confresa (1000 quilômetros de Cuiabá), detalhou a Polícia Civil sobre o planejamento da quadrilha. Em vídeo divulgado, o acusado fala sobre o “convite” para fazer parte do bando, que após os ataques no município de Mato Grosso fugiu para o Estado de Tocantins. Ao ser questionado pelo delegado quanto ao valor que era estimado pela quadrilha, o criminoso afirmou que acreditavam “R$ 30, 40 milhões”.
O criminoso, quando a quadrilha havia fugido de Mato Grosso para o Tocantins, depois de fazer reféns em uma fazenda, na zona rural de Pium, citou a divisão dos supostos lucros caso o bando tivesse sucesso com o roubo a empresa. “Fui convidado e cai nessa bobeira. Exemplo o que tivesse lá dentro, R$ 10 milhões no caso e se tivesse 10 pessoas, seria R$ 1 milhão para cada. Pra mim viria R$ 500 mil no caso”, disse.
Ele diz que apesar do grupo ter conseguido acessar o cofre, a tentativa do roubo foi frustrada em decorrência da fumaça no local. “Conseguiu, mas não tinha como pegar nada. Não foi tirado um centavo da transportadora. Não foi tirado nada, nada, nada. Devido à situação da fumaça. É tipo enxofre. Você não consegue ficar perto dela. Não tem como ficar perto, não tem jeito. Entrou mais gente, mas ninguém conseguiu ficar perto. Tinha que sair fora. Desistiu, teve que ir embora, fazer o que? não conseguia pegar”, revelou.
A operação Canguçu já dura quase 30 dias. Forças de Segurança de cinco Estados seguem empenhadas para localizar todos os envolvidos. Durante o período, houve diversos confronto entre policiais e a quadrilha, resultando na morte de 15 bandidos. Outros dois foram presos durante as buscas, além de três presos em investigação da Polícia Civil para encontrar os integrantes que deram apoio logístico.
Ontem, houve outra troca de tiros entre policiais de 4 Estados que prosseguem a operação para prender a quadrilha e o 16º assaltante morreu. Ele estava com fuzil.