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Strada e Hilux são os veículos preferidos nos roubos e furtos em Cuiabá e Várzea Grande

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Os carros mais roubados e furtados em 2017 na Grande Cuiabá foram o Fiat Pickup Strada, VW Gol, Hyundai HB20 e Toyota Ethios, nesta ordem. Das caminhonetes, a preferida, “disparada na frente”, foi a Toyota Hilux, bem cotada inclusive no mercado internacional, sendo encaminhada para a Bolívia, pela fronteira seca, onde serve de produto de troca em negociações com narcotraficantes. Entre as motos, as mais visadas em 2017 foram a Honda CG125 Titan, Honda Biz e Honda XRE. As informações são da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos Automotores (DERRFVA), que atende ocorrência em Cuiabá e Várzea Grande.

“Sobre as Hilux – considerando que Mato Grosso é o terceiro maior estado em extensão territorial, fazendo divisa com a Bolívia, são trocadas por drogas, armas e munições. Os demais veículos têm um mercado interno”, comenta o delegado adjunto da DERRFVA, Afonso Monteiro da Silva Júnior. Ele acredita que estas marcas sejam as preferidas dos ladrões pela facilidade de revenda, inclusive de peças. Parte dos carros serve de suporte à criminalidade. Outra parte é “esquentada” e circula como dublê, com placas adulteradas e até chassi, que é o número de identidade do carro.

O trabalho feito pela DERRFVA tem garantido a recuperação de 90% dos carros furtados e roubados, chegando a 200 casos por mês este ano. Até julho, 1.376 veículos foram devolvidos aos donos. O serralheiro Claudemir Padilha, 43, da Cidade Alta, em Cuiabá, não teve essa sorte. Ele tinha um Uno prata, 2012. Há 6 meses, estava trabalhando em uma residência no bairro Duque de Caxias, próximo ao Parque Mãe Bonifácia, quando dois ladrões anunciaram o assalto.

“Chegaram a pé e como eu estava sozinho arrumando um portão, quiseram me levar para dentro da casa e pegar as coisas dos donos, que tinham saído. Apontaram a arma na minha cabeça, me ameaçaram de morte e mandaram eu ficar quieto, só que o alarme tocou e ele acabaram fugindo, dentro de 3 a 4 minutos, só com meu Uno, onde estavam também todas as minhas ferramentas”, lamenta o serralheiro, que até hoje está sem carro, usando um emprestado. “Meu prejuízo foi grande”. Este modo de operar, ou seja, invadindo em residências é um dos mais comuns, de acordo com o delegado Afonso. “Abordam que estiver em casa, restringem a liberdade, colocam vários objetos no carro e fogem no veículo”, detalha

No entanto, o mais comum é o furto nas ruas, quase sempre inseguras. Ladrões usam uma chave micha ou um pedaço de ferro formatado artesanalmente e não demoram nem 5 minutos para abrir a lateral, desarmar o alarme, se tiver, e dar a partida. “Não demoram nem isso”, comenta o delegado.

“Por mais óbvias que as recomendações possam parecer, são negligenciadas pelos motoristas”, diz o delegado. A primeira dica é evitar estacionar em lugares ermos. Não deixar objetos à vista, no banco ou na bancada, porque isso chama atenção. Não colar adesivos, dando informações como o número de pessoas na família, em que bairro mora. Certificar se as portas estão fechadas. Colocar alarme e rastreador. Não dar informações a flanelinhas. “Não tem que falar assim: cuida aí, que vou demorar. Se for dizer alguma coisa, fale sempre que volta já já”, ensina o delegado.

Ao chegar na residência, é importante olhar na rua, se tem alguém. Se tiver um suspeito, a orientação é para dar uma outra volta, antes de acionar portão eletrônico ou chamar a Polícia Militar.

Em Cuiabá, dados de Coordenadoria de Estatísticas e Análise Criminal, da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), apontam, este ano, a redução 19% nos roubos de veículos (carro, motocicletas, caminhonete, caminhão), de 740 para 596. Somente de motocicletas a queda foi 48%, comparado com 2016. Com relação aos furtos de veículos a diminuição também está na faixa de 19%, de 585 para 471 em 2017. Separadamente, os furtos de automóveis tiveram redução foi de 31%.

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