Polícia Federal, Receita Federal e a Polícia Civil do Paraná deflagraram, hoje, a operação Downfall, que para reprimir e desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico internacional e interestadual de drogas com diversas ramificações no país. São cumpridos 30 mandados de prisões preventivas e 87 de buscas e apreensões nos Estados do Paraná, Mato Grosso, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Goiás e Espírito Santo.
Também foram decretadas medidas patrimoniais de sequestro de imóveis, bloqueio de bens e valores existentes nas contas bancárias e aplicações financeiras dos investigados, que totalizam um valor estimado de aproximadamente R$ 1 bilhão.
Segundo a PF, as investigações revelaram que a organização criminosa, constituiu uma complexa estrutura logística para operacionalizar as ações de narcotráfico interestadual e internacional, que abrange desde a produção da droga no exterior, seu posterior ingresso e transporte dentro do território nacional, distribuição interna, preparação e o envio dos carregamentos de cocaína para o exterior utilizando principalmente o modal marítimo.
Grande parte da droga movimentada pelo grupo tinha como destino os portos da Europa e, para isto, atuavam predominantemente na região do Porto de Paranaguá (PR). “Foram identificadas diversas apreensões de carregamentos de cocaína vinculados a atuação desta organização criminosa, também foram realizadas prisões em flagrante e apreensões de droga no decorrer da investigação, totalizando aproximadamente 5,2 toneladas de cocaína”, informou a Polícia Federal, através da assessoria.
Além do esquema de narcotráfico, alguns dos seus integrantes também estão envolvidos com outras práticas criminosas, como homicídios e o tráfico de armas, munições e acessórios. Também foi apurado que o principal esquema financeiro para promover a lavagem do dinheiro proveniente do tráfico internacional de drogas era o investimento no setor imobiliário do litoral de Santa Catarina.
A Polícia Federal também aponta que “essas empresas são suspeitas de realizarem negócios jurídicos fraudulentos ou não declarados que foram custeados com recursos oriundos do tráfico internacional de drogas, havendo indícios de que seus representantes tinham conhecimento da procedência ilícita dos valores que subsidiaram as transações. As investigações também constataram pagamentos de imóveis de luxo com altas quantias de dinheiro em espécie sem a devida comunicação aos órgãos competentes, bem como a utilização de interpostas pessoas para ocultar a identidade do real adquirente”.
Cerca de 350 policiais federais, 130 policiais civis e 25 auditores da Receita Federal participam da operação.
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