O acidente vascular cerebral (AVC), ou derrame cerebral, ocorre quando há um entupimento ou o rompimento dos vasos que levam sangue ao cérebro provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea adequada. Existem dois tipos de AVC: um isquêmico (AVCI) por entupimento de um vaso do cérebro e um outro hemorrágico (AVCH) que ocorre pelo rompimento de vasos cerebrais.
Por ser uma das doenças que mais matam no mundo, o AVC é uma urgência médica e necessita de tratamento imediato, pois quanto antes diagnosticado o que está acontecendo, menos danos o paciente sofrerá. No Brasil, o AVC é a principal causa de morte por incapacidade: são 130 mil pessoas que morrem vítimas da doença. Os principais sintomas podem ser:
Diminuição ou perda súbita da força na face, braço ou perna de um lado do corpo
Alteração súbita da sensibilidade com sensação de formigamento na face, braço ou perna de um lado do corpo
Alteração aguda da fala, incluindo dificuldade para articular, expressar ou para compreender a linguagem
Dor de cabeça súbita e intensa sem causa aparente
Existem vários fatores de risco, dentre eles, destacam-se: tabagismo, diabetes, obesidade, alcoolismo, hipertensão arterial, aumento de colesterol, história de AVC na família, uso de drogas, entre outros.
O diagnóstico é baseado nos sintomas que o AVC pode trazer, sendo muito importante a investigação precoce através da realização de uma tomografia de crânio simples.
O tratamento e a reabilitação da pessoa vitimada por um AVC dependerá sempre das particularidades que envolvam cada caso. Há recursos terapêuticos que podem auxiliar na restauração das funções afetadas. O tratamento deve ser individualizado para cada paciente, podendo ser realizado medicações simples ou até procedimentos modernos de alta complexidade para a recuperação da área do cérebro afetada. Atualmente, existem várias opções de tratamento que conseguem reverter no AVC no inicio, dependendo do tempo que o paciente é submetido a tal procedimento.
Muitos fatores de risco contribuem para o seu aparecimento. Alguns desses fatores não podem ser modificados, como a idade, a raça, a constituição genética e o sexo. Outros fatores, entretanto, podem ser diagnosticados e tratados, tais como a hipertensão arterial (pressão alta), a diabetes mellitus, as doenças cardíacas, a enxaqueca, o uso de anticoncepcionais hormonais, a ingestão de bebidas alcoólicas, o fumo, o sedentarismo (falta de atividades físicas) e a obesidade. A adequação dos hábitos de vida diária é primordial para a prevenção do AVC. É necessário o paciente sempre realizar seu check-up neurológico no intuito de prevenir certas doenças neurológicas importantes.
Adailton A. dos Santos Jr é Neurocirurgião especialista em Neurocirurgia Vascular e Microcirurgia na Gastro MT e Membro Titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia