O que será da próxima eleição, se o povo não acredita mais em ninguém, e como acreditar em pelo menos um candidato, se quase todos estão sendo denunciados.
A alma do povo está cheia de mágoa, de revolta, de nojo e de indignação, vinda pela situação em que os políticos deixaram ser políticos, e se transformaram em atores nos filmes das Delações Premiadas, são imagens que não tem como negar, pois na realidade as imagens dos políticos “metendo as mãos” no dinheiro público, é vergonhosa, e mesmo depois dessa triste realidade, será que eles, ainda terão a “cara de pau” de candidatar-se?
Os políticos terão que explicar como foram parar no filme do Silvio e na Delação do Silval, e ainda, acreditam que podem transformar o povo em “idiota” outra vez, usando o poder de massificar as inverdades pelas sequências das repetições de falsas possibilidades de realizações públicas.
Hoje, existe um vácuo no mundo político, pois o povo foi traído mais uma vez, e fica a dúvida. Será que o eleitor ainda irá acreditar em propostas de um mundo melhor pagando impostos de primeiro mundo, e recebendo serviços públicos de terceiro mundo?
Será que ainda existirá algum eleitor que acreditará nas fórmulas mágicas, vindas das bocas dos políticos filmados e denunciados?
Hoje esses políticos correm o risco de passar “pressões” quando aparecerem em atividades públicas, pois o nojo da população em relação aos políticos, é tanto, que as eleições futuras devem registrar o maior número de abstenções, pois a realidade irá cobrar as faturas dos sonhos perdidos ao fim de cada eleição, o povo está cansado de receber “borduadas” no lombo.
Só a democracia tem o poder de renovar a esperança de dias melhores para os eleitores, mas de eleição em eleição, tudo está piorando, e o que vemos é um quadro político que está renovando, só que para o pior, são os piores momentos da vida pública em Mato Grosso. E, depois das Delações Premiadas, estouraram as tampas dos “bueiros” e todas sujeiras escondidas vieram “a tona”, a revolta do povo é geral, e os políticos depois dos escândalos, eles estão aparecendo um a um, acreditando que o povo tem memoria fraca.
E assim, ao fim da festa democrática, e quando a eleição acaba, e na sequência dos dias, o eleitor constata que a “chibata” apenas troca de mãos, o eleitor recebe o choque de realidade e acorda para a vida sofrida, e vem a verdade, que mais uma vez foi enganado.
O que resta para o povo, é ficar na fila das esperanças cansadas e mais uma vez acreditar nas mentiras sadias, continuando a viver de seu salário que termina quando o mês inicia, diferentemente dos políticos, que usam a política para fazer negócios e encher o bolsos.
Wilson Carlos Fuáh é economista e Especialista em Administração Financeira e Relações Sociais e Políticas em Mato Grosso
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