A maioria das pessoas não sabe o significado do nome nem ao menos como funciona o tratamento ortomolecular, que defende a correção do desequilíbrio químico do corpo, por meio da reposição de nutrientes e antioxidantes, como vitaminas, minerais e aminoácidos. Mas conhece pelo menos um amigo, o amigo de um amigo ou a história de alguém que garante ter melhorado bastante o aspecto da pele, o pique e o estado geral de saúde com este método que não para de ser divulgado – inclusive por famosos.
Essa popularidade transformou a prática em solução milagrosa para se manter a beleza, a juventude e para prevenir e tratar qualquer tipo de doença. Sem contar o glamour que o tratamento traz, por ser restrito a poucos. Os tratamentos têm um custo muito alto e, por não ser considerada especialidade médica pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), não há cobertura de convênios e seguros médicos.
Atualmente, pelo uso indiscriminado desta terapia, tem crescido o contingente de pacientes frustrados, apesar de alguns números não serem tão divulgados.
A Sociedade Brasileira de Geriatria vê com preocupação não só as correntes ortomoleculares, que propagam o uso de vitaminas e de antioxidantes em larga escala, mas também vê com preocupação as academias e outras sociedades ditas de “antienvelhecimento” (aliás, eu queria entender o que significa antienvelhecimento, pois, na minha concepção como geriatra, o único jeito de não envelhecer, é morrer precocemente). Por essa razão, tem pedido o respaldo dos conselhos regionais e a punição devida, uma vez que o Conselho Federal de Medicina, no artigo 13, coloca como proibido o uso indiscriminado de megadoses de vitaminas.
Entretanto, apesar do empenho, todos os dias recebemos pacientes que dizem: “Doutora, o meu café da manhã são oito comprimidos de vitaminas”, sem saber que com isso estão se expondo a riscos absolutamente desnecessários.
Enfim, comer bem, praticar atividade física, amar e ser amado, são os pilares para uma boa saúde!
Graziela Pichinin Milanello – é Geriatra do Espaço Più Vita
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Terapia ortomolecular: verdade ou mito ?
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