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Aprovação do impeachment sem crime é golpe na democracia

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A aprovação no domingo (17) pelo plenário da Câmara dos Deputados, da admissibilidade do pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff foi um retrocesso político sem precedentes e um Golpe na Democracia Brasileira.

Todo esse processo é fruto de vingança. A verdade é que a Oposição liderada por PSDB e DEM nunca se conformou com a derrota eleitoral de 2014, por isso tramou e trabalhou por esse Golpe desde a proclamação da vitória de Dilma. 

Essa Oposição que perdeu quatro eleições presidenciais consecutivas, por não ter um Projeto para apresentar ao País buscou de todas as formas interromper o mandato da presidenta. Logo após a reeleição opositores questionaram a confiabilidade das urnas eletrônicas. O PSDB realizou uma auditoria nas urnas e o resultado atestou a confiabilidade do equipamento.

Já no ano de 2015 apresentaram ações ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com o objetivo de cassar a chapa presidencial eleita. Não satisfeitos em aguardar o resultado do julgamento aliaram-se a Eduardo Cunha, o primeiro réu no Supremo Tribunal Federal (STF) acusado por corrupção relacionada à Lava Jato. Essa aliança resultou na aprovação de diversas pautas bombas que visava à implosão do governo Dilma.

Esse conluio proporcionou a Eduardo Cunha acatar em dezembro do ano passado o pedido de impeachment de Dilma, sob a falsa premissa de que ela havia cometido crime de responsabilidade por pedaladas fiscais e créditos suplementares. Ocorre que Cunha abriu o impeachment logo após a bancada do PT ter decidido votar pela sua cassação no Conselho de Ética da Câmara, configurando um claro desvio de poder.

Voltando ao domingo dia 17, a aliança entre Cunha e a Oposição que desde o início teve a adesão do vice-presidente Michel Temer, que nas últimas semanas deixou de conspirar sua traição nas sombras, para fazê-la à luz do dia conseguiu a aprovação do pedido de impeachment na Câmara, por uma margem ampla de votos.

Porém, a votação da admissibilidade chocou o País e transformou o Brasil em chacota no Mundo por que essa violência, a maior que pode ser cometida numa Democracia contra o voto popular, teve seus votos embasados em dedicatórias aos filhos, à mulher, ao marido, a esposa, à igreja, entre outros, o que demonstrou a dificuldade de apontar qualquer crime que Dilma tenha cometido.

A verdade é que assim como em 1964 o Brasil está sendo vítima de um Golpe de Estado, não com armas, mas com a ferramenta mais moderna de atentado à Constituição: um Golpe Parlamentar com aparência de legalidade. A presidenta Dilma não cometeu crime de responsabilidade, por isso cresce nas ruas a resistência democrática que denuncia que esse impeachment sem crime é Golpe.

A batalha pela Legalidade Democrática ainda não acabou, pois o processo seguiu para o Senado. O Povo espera que os senadores e senadoras tenham mais respeito com a Constituição e com o voto popular. Respeito esse que faltou nessa atual Câmara dos Deputados, a mais conservadora desde 1964 e agora Golpista, como naquele ano.

Ságuas Moraes é deputado federal pelo PT

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