Cuiabá a cidade que abraça e não se afasta as raças, e recebem todos como irmãos, por isso, é reconhecida como a cidade das emoções, de sonhos e dos amores.
A população contemporânea cuiabana tem o resultado de um prolongado processo de miscigenação, cuja intensidade variou ao longo das misturas, tendo como resultado, uma nova geração com múltiplas cores de peles e belezas estampadas nos rostos de uma nova geração CUIABANIZADA, e que estão preparadas para aceitar mais facilmente a força da imposição da luz do sol e com o entusiasmo da felicidade por ter nascido aqui.
O sotaque forte, que hoje está perdendo espaço e com o passar do tempo, e ficará apenas nos registros literários ou no Museu de Imagem e do Som, mas para saber se o “chegado toceira” é cuiabano, basta ouvir como ele fala, e saber se a sua voz traz o som forte e cantado do cuiabanês, pois esta é a forma oral que caracteriza facilmente a identificação de um cuiabano.
O distanciamento das outras regiões do país, fez com que o povo cuiabano buscasse a integração como os irmãos Sul Americanos e com a aproximação com os países andinos, fez com que os cuiabanos, criassem um linguajar diferente e único, tendo o som nasal pronunciado fortemente, que veio do outro lado dos Limites Imaginários do Tratado de Tordesilhas, aqui o som das vozes são caracterizadas ao pronunciar “AO” no final da frase e trocando por “ON”, igual à pronúncia americanizada.
Aqui as pessoas não viram a língua para expressar o “L” no meio das frases, e às vezes é trocado pelo “R” e no final frase o “L” às vezes, fica ausente, e às vezes esse falar, é duramente criticado pelos que não são nascidos aqui, são alguns “Pseudos Sábios” que tropeçam até nas concordâncias, e que não aceitam as diferenças dos sotaques espalhados por todo o país.
Pelas ruas e pelos ares desta cidade, ainda podemos ouvir as pessoas expressar o cuiabanês, usando as frases que estão se perdendo no tempo:
“ Vooootê”;
“Agóóó o que, que é iiiisse”;
“Esse cooon é um anima bonnnnnnn”;
Levooou quem trouxe.
Em Cuiabá todos os caminhamos se cruzam no ponto central da América do Sul, e por isso, os sons também se misturam e podemos ouvir as exclamações vindas de outras regiões do país, como:
– o “Orrrrrra Meu” – dos paulistas,
– o “Barbaridade Tchê” – dos gaúchos;
– o arre-égua, Vixe, Ôxe e Êta – dos nordestinos.
Cuiabá, cidade que tem suas particularidades, mas para ficar por aqui, tem que aceitar as adaptações, e estar disposto a suporta esse calor maravilhoso; e estar aberto a apreciar o gosto pelos sabores da gastronomia cuiabana e sentir que os prazeres festivos desta cidade podem até transformar a sua tristeza em alegria. E ao desarmar dos seus preconceitos e logo os que chegam entenderão que este lugar foi feito para todos, pois aqui, realmente a cada amanhecer o sol nasce para todos e o calor humano é uma forma especial de oferecer infinitas opções para aqueles que querem realmente prosperar e ficar.
Vocês que chegaram agora, e pretendem ficar para sempre, é só começarem a esparramar seus pedacinhos por aqui, e logo-logo verão Cuiabá com os olhos da integração, pois os seus pedacinhos (filhos e netos), farão de vocês um “quase cuiabano” e a partir de então sempre haverá alguma coisa de familiar por perto de você, de repente quando você menos esperar, Cuiabá já faz parte da sua vida e a sua história estará misturada com a historia de Cuiabá.
É fácil ser feliz em Cuiabá, basta desarmar os preconceitos e entender que ao desembarcar por aqui, já foi aceito por “antecipaçoooon”.