A Justiça de Sinop marcou para o dia 9 de maio o julgamento dos três acusados de envolvimento no assassinato de Rafaela Garcia Simões, 21 anos. A jovem foi morta em março de 2017, no município de Santa Carmem (35 quilômetros de Sinop) e o corpo dela foi encontrado pela Polícia Militar em um matagal.
O julgamento chegou a ser marcado para o ano passado, mas acabou adiado. Os três homens acusados de envolvimento no crime serão levados a júri popular por homicídio e ocultação de cadáver.
Em 2020, a defesa ingressou com recurso no Tribunal de Justiça para impedir que os três acusados fossem submetidos a júri popular. A Segunda Câmara Criminal, porém, manteve a sentença de pronúncia proferida pela 1ª Vara Criminal de Sinop.
Os magistrados também analisaram pedido “subsidiário” da defesa para afastamento da qualificadora do motivo torpe para dois réus. Neste caso, a solicitação foi deferida, pois os desembargadores entenderam que havia indícios de que apenas um dos réus agiu por motivo torpe. Desta forma, dois serão submetidos a júri por homicídio simples e um por homicídio qualificado.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, no dia do crime, o trio permaneceu em companhia da vítima. Os suspeitos teriam conduzido Rafaela até uma região de mata, onde “causaram duas perfurações na região do abdômen dela” e a abandonaram no local. O cadáver foi localizado oito dias depois, em um matagal na avenida da Independência.
Rafaela teria sido morta por vingança. Segundo a denúncia, a mãe de um dos suspeitos possuía “uma rixa antiga com a vítima”, em virtude de uma suposta delação à polícia “em um caso envolvendo o comércio de entorpecentes”. A mulher teria sido presa e, por isso, teria ameaçado Simões.
Conforme Só Notícias já informou, o corpo de Rafaela foi identificado por meio das impressões digitais. Ela foi encontrada pela Polícia Militar, que realizava rondas quando percebeu um forte odor. Ao verificar, encontrou o cadáver em um terreno com matagal. A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) não encontrou sinais de execução, mas a Polícia Civil concluiu o caso como homicídio.
Antes da localização, familiares haviam registrado um boletim de ocorrência sobre o desaparecimento. Eles foram acionados e reconheceram as roupas como sendo as da jovem. Rafaela foi sepultada em Santa Carmem.