Parece que a fábrica de lorotas e propaganda do Governo Dilma, do PT e seus aliados não para de trabalhar para criar slogans, na ilusão de que com isto pode superar a grave crise que o Brasil está vivendo graças a falta de competência, de planejamento e de racionalidade que tem sido esses doze anos de governos do PT.
Depois de inventar o slogam “patria educadora” Dilma presenteou o povo brasileiro com um corte de R$9,4 bilhões de reais do orçamento da Educação e de quebra também meteu a tesoura nos orçamentos da saúde em R$ 11,7 bilhões; do ministério das cidades em R$ 17,2 bilhões; nos transportes em R$ 5,7 bilhões; no Ministério da Defesa em R$5,6 bilhões; da ciência e tecnologia em R$1,8 bilhões; do ministério do desenvolvimento agrário, que, em tese deveria realizarr a reforma agrária, foram cortados R$1,8 bilhões de reais e da Justiça R$ 1,4 bilhões.
Além desses cortes no Orçamento Geral da União, outros setores importantes também tiveram seus recursos reduzidos e praticamente várias políticas públicas foram e continuam sendo inviabilizadas, transformando-se em meros instrumentos de propaganda.
Os recursos do MDA, responsável pela Reforma Agrária e que tem no MST um grande aliado, a ponto do e-Presidente Lula pedir para que Pedro Stédile, seu líder máximo coloque o “seu exército” nas ruas, representam apenas 0,2% do Orçamento Federal.O Ministério da Agricultura sofreu um corte de 31,2%; a Secretaria das Políticas para mulheres teve seu orçamento reduzido em 43,7% e imaginar que o Brasil tem uma presidente da República mulher; o Ministério da Justiça que coordena a política nacional de segurança pública, o Sistema penitenciário, que é um caos, teve seu orçamento cortado em 31,2%.
Através desses cortes e de outros que ainda devem ocorrer, principalmente devido `a queda da arrecadação federal, que também prejudica todos os Estados e Municípios, o Governo Dilma está contribuindo para o caos da administração pública, para o sucateamento de todos os serviços públicos e para a insatisfação generalizada da população.
Durante a campanha Dilma prometeu “mundos e fundos”, enganou a população dizendo que a inflação estava sob controle, que os direitos dos trabalhadores seriam respeitados, nem que a “vaca viesse a tussir”, que as tarifas públicas não seriam majoradas, que os juros iriam cair, que o desemprego estava em declínio, que as contas de energia e os combustíveis não subiriam, enfim, o Brasil estava bem e em 2015 ficaria muito melhor, desde que os eleitores lhe dessem mais um mandato para completar a caminhada e preparer o caminho para a volta de Lula e garantir o projeto de poder do PT e seus aliados.
Desde as eleições, mesmo antes da posse e depois do início deste seu segundo e desastrado mandato a crise brasileira vem se agravando. Estamos diante de uma crise econômica , financeira , orçamentária, política, social e institucional, que se agrava a olhos vistos. Estamos também diante de uma crise de legitimidade e de confiança. A população, os empresários, os organismos internacionais não mais acreditam neste governo e pdem para que o mesmo seja abreviado, seja pela renúncia ou impeachment da Presidente.
Até mesmo o vice presidente da República, em um ato falho, acabou dizendo, primeiro em Nova York que o Brasil estava diante de uma “crisezinha”, e depois percebeu que a coisa é mais séria e acabou afirmando que o país precisa de “alguém” que consiga unir todas as forças para superar a crise que é realmente muito grave, demonstrando que a Presidente não consegue fazer isto – Unir o país.
Além dos aspectos mencionados anteriormente, o Brasil vive também uma séria crise ética e moral que tem afetado gestores públicos, integrantes da chamada classe política e empresários de peso, muitos dos quais já estão há meses na cadeia em Curitiba e outros que ainda devem ser denunciados pelo Procurador Geral da República , diretamente junto ao STF, pois são políticos com mandato, Senadores e Deputados Federais, incluindo os Presidentes da Câmara e do Senado, que gozam de foro privilegiado.
Diante desta gravidade a Presidente acaba de lançar o slogam de que “estamos em uma travessia”, só que não diz de qual ponto de origem para qual ponto de destino. Para ajudar a balizar esta travessia Dilma buscou nada menos do que o Presidente do Senado, tentando isolar o Presidente da Câmara e em parte, o vice Presidente da República, esquecendo-se de que vivemos em um regime bi-cameral e que o PMDB detém os tres cargos seguintes na ordem de sucessão, caso Dilma tenha seu mandato abreviado.
As 27 “propostas” de Renan Calheiros, dificlmente terão respaldo no Senado,muito menos na Câmara Federal e praticamente zero junto a opinião publica. Uma das propostas de Renan acaba com o SUS e vai exigir que os usuários paguem parte da conta, cuja origem é a corrupção, a imcompetência, o fisiologismo e o aparelhamento polítco-partidário da administração pública.
Uma outra proposta de Renan Calheiros visa “flexibilizar” a Lei das licitações, facilitando, na verdade, a roubalheira por parte das grandes empreiteiras e a vida dos corruptos. Seria esta uma “nova agenda Brasil”. A quem essas mudanças interessam? Ao povo, com certeza, nao deve ser.
Esta travessia talvez seja o caminho de um naufrágio igual ou pior do que do TITANIC há mais de um século!
Juacy da Silva, professor universitário, fundador, titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia. Twitter@profuacy
[email protected]
www.pprofessorjuacy.blogspot.com